Candidato a secretário-geral dos socialistas apresentou a moção de estratégia no âmbito das eleições internas.
O candidato a secretário-geral do PS José Luís Carneiro invocou esta quinta-feira sondagens que o apontam como o melhor para derrotar o PSD nas legislativas e avisou que os militantes socialistas têm uma escolha decisiva a fazer.
Esta posição foi transmitida por José Luís Carneiro em declarações aos jornalistas, depois de entregar na sede do PS, em Lisboa, a sua moção de estratégia no âmbito das eleições internas nos dias 15 e 16 de dezembro para a escolha do sucessor de António Costa no cargo de secretário-geral do PS.
Perante os jornalistas, o ministro da Administração Interna assumiu uma linha de continuidade face ao atual Governo, dizendo que a sua candidatura "se orgulha das políticas públicas desenvolvidas nos últimos oito anos", mas acrescentou que também "dá passos em frente em algumas matérias".
Nos dias 15 e 16 de dezembro, nas eleições internas do PS, segundo José Luís Carneiro, "os militantes vão ter uma escolha decisiva".
"Vão ter de escolher a candidatura e o perfil de candidatura que melhor corresponde à vontade geral, ou seja, à vontade de um amplo centro político e social. Como demonstram todos os estudos de opinião, esta candidatura mostra capacidade para falar e procurar criar entendimentos políticos e democráticos em sede parlamentar, para servir o país", sustentou.
O ex-secretário-geral adjunto socialista reforçou depois a ideia de que os militantes do PS "vão ter uma decisão decisiva".
"Vão ter de decidir como querem que o PS parta para uma eleição geral, para o diálogo com os portugueses. Do nosso ponto de vista, esta é a candidatura que reúne essas condições para ganhar as eleições legislativas ao nosso principal competidor, o candidato do PSD" [Luís Montenegro].
José Luís Carneiro manifestou-se apreensivo com uma crescente "polarização das sociedades, com o crescimento dos extremismos", como aconteceu no Brasil e na Argentina, "enfraquecendo as forças democráticas".
"A nossa candidatura responde a esse grande desafio do país, mantendo o PS como o grande partido do diálogo democrático com a sociedade civil e com os partidos, procurando encontrar consensos tão alargados quanto possível para servir o país. Aqueles que contribuírem para uma excessiva polarização estão a proporcionar caminho fértil ao avanço da demagogia e do populismo", advertiu.
Nas eleições de 15 e 16 de dezembro, José Luís Carneiro terá como adversários na corrida à liderança do PS o deputado e ex-ministro Pedro Nuno Santos e o dirigente socialista Daniel Adrião.
Em relação ao teor da sua moção de estratégia, o candidato à liderança do PS rejeitou a ideia de que possa estar a contribuir para a diminuição das condições de governabilidade no país ao propor uma reforma das leis eleitorais para a Assembleia da República.
"O que se assume é o desenvolvimento de um amplo consenso político-partidário, tendo em vista avaliarmos os termos em que procuramos avançar com a reforma eleitoral. Queremos promover também um amplo debate sobre a reforma do Estado, sobre a regionalização e sobre a reforma da justiça", justificou.
De acordo com José Luís Carneiro, no sistema eleitoral, pretende-se encontrar "soluções de convergência que garantam uma proporcionalidade da representação política e que seja capaz de fortalecer as relações entre eleitos e eleitores".
"Após a formação do Governo, num período de seis meses, depois de um diálogo que deve ser tão amplo quanto possível, com as forças democráticas, devemos ser capazes de apresentar à Assembleia da República proposta sérias, tendo em vista garantir mudanças que serão importantes para qualificar a vida democrática", referiu.
Neste ponto, em matéria de revisão do sistema eleitoral, completou com a seguinte nota em relação a uma eventual futura reforma: "É importante assegurar condições de governabilidade e previsibilidade".
Já no que respeita à sua proposta para a regulamentação da atividade de "lobbying", que integra a parte referente ao capítulo da transparência na sua moção de estratégia, o candidato à liderança dos socialistas referiu que esse princípio já está previsto no atual programa de Governo.
"Defendemos a qualificação da vida democrática interna no PS, razão pela qual entendi que deveria haver debates entre as diferentes candidaturas à liderança. Por motivos que estão por esclarecer, houve quem não entendesse assim", disse, numa alusão crítica à candidatura de Pedro Nuno Santos.
José Luís Carneiro advogou, depois, um reforço da cultura de prestação de contas por parte de todos os órgãos de soberania, razão pela qual pretende regulamentar a atividade dos grupos de interesse.
"Temos de garantir que o exercício da autoridade política democrática respeita sempre o interesse público", acrescentou.
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