Sobre as guerras na Ucrânia e no Médio Oriente, o candidato à liderança do PS defendeu que tem posições claras e que esses temas devem ser discutidos nos debates.
O candidato à liderança do PS José Luís Carneiro insistiu esta sexta-feira na realização de debates com os seus adversários socialistas para discutir temas como a política externa portuguesa e as guerras na Ucrânia e Médio Oriente.
"O debate não apenas contribui para qualificar a vida democrática, mas contribui também para ganharmos a confiança dos portugueses, porque é por intermédio do debate que se conhecem as posições dos candidatos. Por exemplo, esta posição sobre o modo como Portugal se posicionará em relação à guerra na Ucrânia e em relação à guerra no Médio Oriente é muito importante", defendeu o também ministro da Administração Interna.
José Luís Carneiro esteve esta manhã reunido com independentes das áreas das relações internacionais, Segurança e Defesa para agregar contributos para a sua moção de orientação política, entre eles, o antigo ministro da Defesa e da Administração Interna Nuno Severiano Teixeira ou o embaixador Francisco Seixas da Costa.
O socialista insistiu na realização de debates públicos entre si e os restantes candidatos - ideia já rejeitada por Pedro Nuno Santos - e salientou que "desde Mário Soares e do I Governo Constitucional" que foram assumidas três prioridades para a política externa portuguesa: os compromissos com a Aliança Atlântica, com a União Europeia e as relações com os países de língua oficial portuguesa.
Carneiro salientou ainda que "sempre que houve debates entre candidatos do PS, o candidato ganhador [internamente] venceu as eleições legislativas", dando como exemplos as disputas pela liderança socialista entre António Guterres e Jorge Sampaio ou António Costa e António José Seguro.
"É muito importante que possamos garantir aos portugueses, e é isso que garante a minha candidatura, confiança, segurança e estabilidade nos compromissos que Portugal sempre teve com os seus parceiros, quer com os europeus, quer os atlânticos, bem como os nossos parceiros de língua portuguesa", sublinhou.
Sobre as guerras na Ucrânia e no Médio Oriente, José Luís Carneiro defendeu que tem posições claras.
"Na Ucrânia temos que continuar a ser um suporte à União Europeia e a participar ativamente na Defesa da Ucrânia em relação a uma agressão de que foi vítima. Quanto ao Médio Oriente, defendo um cessar-fogo imediato e defendo que esse cessar-fogo dê lugar às negociações de paz em defesa daquele que é um princípio que sempre temos afirmado que é a defesa dos dois estados", disse.
"Portanto, tenho posições claras nestas matérias e é importante conhecer quais são as posições daqueles que se habilitam às funções de secretário-geral do PS porque, quem for secretário-geral do PS, habilita-se a ser o primeiro-ministro do país e, por isso mesmo, se deve clarificar essas matérias", frisou.
Em declarações aos jornalistas, o ex-ministro Nuno Severiano Teixeira salientou que não é militante do PS, não tendo direito de voto nas eleições internas dos socialistas.
"Mas como cidadão sei o que o país precisa e quem melhor pode ganhar o país, e sem dúvida nenhuma, o doutor José Luís Carneiro é, entre os vários candidatos, aquele que tem condições políticas e pessoais para vir a desempenhar esses cargos", considerou.
Também o embaixador Francisco Seixas da Costa sublinhou que o PS tem sido, "ao longo dos últimos 50 anos, o partido que marcou a matriz do posicionamento de Portugal na Europa", considerando que estes aspetos não têm sido sublinhados durante a campanha interna e que José Luís Carneiro "tem feito esse esforço".
Já a especialista em Relações Internacionais Sónia Sénica elogiou o facto de a academia ter sido auscultada neste encontro, o que "mostra um enorme sentido de Estado".
Às eleições diretas socialistas de 15 e 16 de dezembro apresentaram-se até agora três candidatos, o atual ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, o ex-ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos e Daniel Adrião, dirigente da linha minoritária de oposição ao atual secretário-geral, António Costa.
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