Partido Socialista pediu um audição quer do reitor, quer do ministro da Educação na Assembleia da República.
O líder do PS avisou este domingo o ministro da Educação que "não bate certo" dizer que aceitaria a demissão do reitor da Universidade do Porto, porque os reitores gozam de autonomia estatutária e universitária.
"Há algo que eu queria lembrar ao ministro da Educação e que ele devia saber, porque é também um académico. O reitor não apresenta a demissão a um ministro da Educação. O reitor é eleito pelos seus pares, presta contas perante o Conselho Geral e goza da autonomia estatutária e universitária. Um ministro da Educação, académico, aliás de uma prestigiada universidade da região Norte vir dizer que aceitaria a admissão do reitor, não bate certo com o rigor e com a disciplina", disse José Luís Carneiro.
O reitor da Universidade do Porto (U.Porto), António de Sousa Pereira, afirmou ter recebido pressões de várias pessoas para deixar entrar na Faculdade de Medicina 30 candidatos que não tinham obtido a classificação mínima de 14 valores na prova exigida no curso especial de acesso.
À margem de uma visita à Feira do Livro do Porto e questionado pelos jornalistas sobre se o reitor da U. Porto deveria colocar o lugar à disposição, após ter sido chamado de mentiroso pelo ministro da Educação [Fernando Alexandre], José Luís Carneiro declarou que isso seria "um completo disparate".
"Isso é um completo disparate, como é evidente. Por outro lado, como afirmei agora, as instituições gozam de autonomia estatutária, autonomia financeira, autonomia administrativa, têm um modelo de eleição próprio e prestam contas ao Conselho Geral e o ministro da Educação devia conhecer esse grau de autonomia das instituições de Ensino Superior".
O Partido Socialista pediu um audição quer do reitor, quer do ministro da Educação na Assembleia da República e, segundo o lidero do PR, vai ser feito esse escrutínio em sede da Assembleia da República.
José Luís Carneiro declarou, todavia, que o reitor da U.Porto é um "reitor de grande prestígio na U.Porto e de grande prestígio académico" e recordou que o reitor António de Sousa Pereira foi "um dos fundadores das mais importantes instituições de ensino e de investigação na área da Saúde e da Medicina" que "merece todo o respeito".
Questionado pelos jornalistas que futuro vislumbra para os 30 estudantes que foram informados que tinham entrado em Medicina na U.Porto e que afinal foi-lhes retirado o lugar por não haver a homologação do reitor da U. Porto, Luís Carneiro entende que "todos os regulamentos e todas as normas devem ser cumpridas escrupulosamente".
"Julgo que foi o que o senhor reitor procurou garantir".
Carneiro acrescentou, todavia, que todas as questões serão certamente esclarecidas nessa audição que ira ocorrer na Assembleia da República.
A Federação Académica do Porto (FAP) e a Associações de Estudantes da Universidade do Porto pediram este sábado a convocação urgente de um Senado Académico para que os dirigentes responsáveis expliquem o caso dos 30 candidatos ao curso de Medicina.
"A Federação Académica do Porto e as Associações de Estudantes da Universidade do Porto apelam ao diálogo entre o diretor da Faculdade de Medicina da U. Porto (FMUP) e o reitor da Universidade do Porto, considerando ainda indispensável a convocação urgente de um Senado Académico, com a presença de ambos", lê-se numa nota de imprensa enviada este domingo à Lusa
A FAP exigiu também um "inquérito interno" para apurar o porquê do diretor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto informar 30 candidatos da entrada em Medicina sem autorização do reitor da U.Porto.
Os candidatos ao concurso especial de acesso ao Mestrado Integrado em Medicina da Universidade do Porto (U.Porto) confessam-se lesados pela U. Porto, referindo que mudaram de cidade, abandonaram empregos de anos, investiram em imóveis e desistiram de mestrados.
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