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Catarina Martins e Jorge Pinto divergem quanto ao papel da UE. Candidatos admitem não desistir a favor de Seguro

Catarina Martins e Jorge Pinto encontram-se para mais um frente a frente no âmbito dos debates para a corrida a Belém.

21 de dezembro de 2025 às 21:44

Catarina Martins e Jorge Pinto encontram-se para mais um frente a frente no âmbito dos debates para a corrida a Belém (transmitido pela RTP).

O primeiro a tomar a palavra foi Catarina Martins, que fala na "grande inclinação à direita" do Governo do País. "Acho que é muito importante ter uma Presidente da República que fale dos problemas que o País atravessa", refere, acrescentando que tem "a experiência de criar pontes". 

Referindo os "muitos pontos de convergência" coma candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda, sendo ambos candidatos de esquerda, Jorge Pinto aponta ainda assim as divergências fundamentais entre ambos os candidatos, a começar pela divergência clara quanto ao papel da União Europeia. "Eu acredito no projeto Europeu, um projeto mais democrático e próximo dos cidadãos e que se afirma a nível global em defesa dos direitos humanos e da transição ecológica", refere, acusando Catarina Martins de ter classificado o projeto europeu como "um projeto condenado". 

"Eu acho que o projeto europeu vai ser desenhado com vozes divergentes", responde Catarina Martins, que acredita que "Portugal deve participar dessa construção". A candidata explica que é crítica do facto de, muitas vezes, o país ser apenas um espetador das decisões europeias. "A participação deve ser ativa", refere. 

A candidata diz querer dar a garantia de que se irá opor a qualquer projeto que coloque em risco as pensões em Portugal, garantindo que "sempre falou com convicção" da Europa. Falando de "casos concretos", Jorge Pinto atacou Catarina Martins relembrando quando houve Brexit, enquanto líder partidária também defendia a saída de Portugal da UE. “Não vou desistir da UE", frisou o candidato. 

"Aquilo que acho que é errado é a esquerda desistir de lutar pelo projeto europeu", assegurou o candidato apoiado pelo Livre. 

"É óbvio que Donald Trump é uma ameaça para a Europa", aponta Catarina Martins quanto à ameaça de "líderes totalitários" à UE. 

"É um perigo para o País colocarmos os ovos todos no mesmo cesto", garantiu Jorge Pinto sobre a importância de se ter um Presidente da República de esquerda, voltando a frisar o papel de "bombeiro do sistema" que acredita que o Chefe de Estado deve ter. 

Questionados sobre se admitem, até ao fim da campanha, desistir a favor de António José Seguro, Jorge Pinto refere que quer que os eleitores votem com "firmeza", apelando apenas à sua candidatura. Catarina Martins realça que vê uma grande proximidade entre Seguro e Marques Mendes. "Temos sobretudo que equilibrar o sistema", aponta a candidata apoiada pelo BE. 

"Quero que quem passe à segunda volta esteja também com a consciência tranquila de que estará à altura de defender os interesses dos portugueses", apontou Jorge Pinto. 

Catarina Martins acusou o atual Presidente, Marcelo Rebelo de Sousa, de ter transformado a aprovação dos Orçamentos do Estado "em moções de censura", algo que não quer fazer. Jorge Pinto refere que quer trazer as discussões para as verdadeiras capacidades do Presidente, nomeadamente a de "mobilizar". 

"As minhas causas são a defesa da Constituição", responde Jorge Pinto quando questionado sobre as suas prioridades enquanto candidato a Belém. 

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