Francisco Rodrigues dos Santos insistiu que o voto no partido que lidera é "o único voto útil para quem quer um Governo de direita em Portugal".
O presidente do CDS-PP apelou este sábado ao voto dos eleitores do centro-direita, defendendo ser o "único partido" que não renega a herança do Governo liderado por Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, durante o período da 'troika'.
Na apresentação do programa eleitoral do CDS-PP para as legislativas antecipadas de 30 de janeiro, na sede nacional do partido, em Lisboa, Francisco Rodrigues dos Santos insistiu que o voto no partido que lidera é "o único voto útil para quem quer um Governo de direita em Portugal".
"Garante que o PSD não vai por maus caminhos e que um voto no PSD não vai cair no bolso de António Costa", afirmou.
"Somos também o único partido que não renega o legado da PAF [coligação pré-eleitoral Portugal à Frente, que foi a votos em 2015], nem o contributo de Passos Coelho e de Paulo Portas, que juntos salvaram Portugal da bancarrota. Ao contrário de alguns, o CDS teve, tem e terá sempre orgulho em quem reergueu Portugal depois dos pântanos do PS", afirmou, numa das passagens mais aplaudidas do seu discurso.
Questionado, no final, se entende que o presidente do PSD, Rui Rio, renega este legado, Rodrigues dos Santos optou por apenas reafirmar que o CDS é o partido que "respeita o património do centro-direita em Portugal".
"Quem esteve cercado no Palácio de Cristal em 1975 foi o CDS. Quem votou contra a constituição socialista em 1976 foi o CDS. Quem em presidenciais enfrentou, por duas vezes, a hegemonia do Dr. Mário Soares, foi o CDS", realçou.
Na apresentação do compromisso eleitoral do CDS, intitulado "Direita Certa: Pelas mesmas razões de sempre", Rodrigues dos Santos defendeu que o documento foi desenhado para "restituir aos portugueses as liberdades que a esquerda e a extrema-esquerda lhe tiraram".
"Por essa razão, será um compromisso forte de combate e de alternativa ao Partido Socialista", definiu, apontando que estes quinze compromissos são também aqueles que presidirão a uma eventual negociação da participação do CDS num Governo de centro-direita.
"Todos os que concordam com elas devem votar no CDS, porque é a única forma de termos força de as levar por diante. Porque não basta pensar como nós, é preciso votar em nós", realçou, dizendo dirigir-se "a todos os eleitores que votaram no centro-direita nas eleições autárquicas".
A apresentação do compromisso eleitoral do CDS-PP - que começou com uma hora de atraso - contou com a presença de cabeças de lista do partido para as legislativas, entre os quais o ex-presidente José Ribeiro e Castro ou os dirigentes Martim Borges de Freitas, Pedro Melo e Cecília Anacoreta Correia.
"O CDS continua a ser aquilo que sempre foi: a casa da democracia-cristã e o único lugar da direita clássica e sensata", considerou.
Rodrigues dos Santos elencou alguns dos quinze compromissos do partido, que passam por medidas como a redução do IRS e do IRC, maior liberdade de escolha na Saúde e na Educação e um compromisso "com a vida".
Neste ponto, além de várias medidas de apoio aos idosos e da rejeição da legalização da eutanásia, o líder do CDS assegurou que o partido "nunca deixará de verificar as finalidades dos apoios sociais".
"Para evitar situações de abuso ou dependência injustificada e assegurar a rigorosa moralização destes processos, para que não sejam vistos pela sociedade como subsídios à preguiça", defendeu.
O CDS-PP quer ainda uma maior responsabilização dos políticos quanto às suas promessas.
"Propomos que os políticos ponham a cabeça no cepo: que definam as suas metas para que possam ser premiados ou castigados", afirmou, propondo que, em cada Orçamento, o Governo fixe a meta do crescimento para o ano seguinte, que tem de ser sempre superior ao da média europeia e dos países concorrentes de Portugal.
Rodrigues dos Santos agradeceu ainda a José Ribeiro e Castro - número dois do partido por Lisboa - ter "legado" ao partido uma reforma do sistema eleitoral de que é autor e que passa pela criação de um sistema misto (círculos uninominais e plurinominais, com um de compensação).
"Um partido fundador da nossa democracia tinha obrigação de criar um sistema eleitoral que aproximasse eleitos de eleitores", realçou.
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