Candidatura da coligação PCP/PEV tem procurado isolar as "questões mais relevantes que neste momento preocupam a população".
O candidato da CDU à Câmara de Cascais defendeu esta segunda-feira como prioridades a habitação, mobilidade e ambiente e ordenamento do território, sem esquecer a gestão da água no concelho, anunciando que terça-feira contacta com concessionários das praias.
"Vamos ainda apresentar o programa, [mas] avançámos de imediato com um conjunto de medidas, inicialmente com 10 medidas relacionadas com habitação, com mobilidade, com o ambiente e o ordenamento território, com a situação dos trabalhadores, com as questões de educação, da saúde", entre outras, afirmou Carlos Rabaçal, em declarações à Lusa.
A candidatura da coligação PCP/PEV a Cascais, que no domingo juntou cerca de duas centenas de participantes num jantar no Clube Desportivo e Recreativo "Os Vinhas", em Tires, tem procurado isolar as "questões mais relevantes que neste momento preocupam a população de Cascais e que têm de ser resolvidas", acrescentou.
O encontro, que contou com a presença do secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, serviu "para projetar" a campanha, "também com grande energia, para esta reta final" antes das eleições autárquicas de 12 de outubro.
"Temos um lema que é 'Cascais é de todos', cada um tem na sua mão o voto e depois temos o segundo lema que é 'Fazer o que falta'. Nós estamos muito focados em analisar o que se passa no concelho e fazer o que falta. Todo o nosso programa é focado naquilo que tem de ser feito e que nunca foi feito neste concelho e que é indispensável ser feito", explicou.
O atual vereador em Setúbal, que já foi autarca em Cascais entre 1993 e 1999, apontou como prioridades a mobilidade, a habitação e o ordenamento do território e a preservação do ambiente e da biodiversidade, mas referiu também "o regresso da água à gestão pública, tendo em conta" o "escandaloso processo de concessão" em curso e que "foi prorrogado por mais cinco anos" pela maioria do PSD/CDS-PP.
"É uma empresa que está a fazer um saque ao bolso das famílias, ao bolso das empresas, a ter lucros absolutamente impressionantes, irracionais, mas que tem a sua concessão prorrogada mais cinco anos", salientou Carlos Rabaçal, notando que só com a prorrogação da concessão, "no momento da assinatura, esta empresa passou a ter direito a receber 65 milhões de euros em cinco anos".
"Podemos baixar a tarifa de água em 30% para toda a gente, introduzir a tarifa social para 20 a 30 mil famílias que não a têm e aí, para essas pessoas na tarifa social, baixar a tarifa em 40 a 50%", contrapôs.
Mas a pré-campanha prossegue com outras iniciativas, e esta semana a CDU prevê o contacto com os concessionários e operadores das praias do concelho, em Carcavelos, na terça-feira, ou uma visita à Tratolixo, na quinta-feira.
"As nossas praias são muito frequentadas" e "algumas coisas têm de ser ajustadas em relação à acessibilidade, em relação à segurança e outros aspetos práticos da gestão", notou o candidato, frisando que as propostas da CDU vão "ao encontro da sustentabilidade da vida económica" e também "das praias".
Para Rabaçal, a campanha não será para "dizer mal" de um "concelho magnifico", mas para avaliar o "que não correu bem e tudo aquilo que falta".
Nos contactos com empresários, contou, aqueles disseram que a vida "vai correndo mais ou menos, mas há muitas dificuldades financeiras e a câmara poderia", pediram, "reduzir o IMI [Imposto Municipal sobre Imóveis]", o "custo de água", a derrama ou "os custos de publicidade".
"São questões concretas que têm sido levantadas" e que "estamos a transformar em programa, e que no governo da câmara iremos ter em conta, na resposta às necessidades de todas essas entidades, de todas essas instituições e também das pessoas no dia-a-dia", avançou.
O executivo de Cascais é composto por sete eleitos da coligação Viva Cascais (PSD/CDS-PP), três da coligação Todos por Cascais (PS/PAN/Livre) e um do Chega.
Nas eleições de 12 de outubro, além de Carlos Rabaçal, concorrem Nuno Piteira Lopes (PSD/CDS-PP), João Ruivo (PS), Alexandre Abreu (BE/Livre/PAN), João Rodrigues dos Santos (Chega), Manuel Simões de Almeida (IL), Fábio Pereira (ADN), João Maria Jonet (independente) e António Pinto Pereira (independente, com apoio da Nova Direita e Nós, Cidadãos!).
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