"Portugal continua a ser um país de portas escancaradas onde o crime entra à vontade", acusou o deputado Rui Paulo Sousa.
O PSD e o Chega trocaram esta terça-feira acusações sobre imigração, com o deputado Rui Paulo Sousa a reiterar a indisponibilidade do partido para aprovar a criação de uma Unidade de Estrangeiros e Fronteiras sem reforço de meios da PSP.
No início da fase de debate do programa do XXV Governo Constitucional no parlamento, a imigração foi o tema dominante, com o deputado do Chega Rui Paulo Sousa a acusar o Governo de continuar a ter uma política "de fogo-de-vista" nesta área.
"Portugal continua a ser um país de portas escancaradas onde o crime entra à vontade", acusou.
Num pedido de esclarecimento, a deputada do PSD Andreia Neto questionou se o Chega estaria disponível para acompanhar uma das medidas previstas no programa do Governo: a Unidade de Estrangeiros e Fronteiras na PSP, chumbada na anterior legislatura pela combinação de votos das bancadas do Chega e do PS.
"O Chega reclama-se legitimamente líder da oposição: ora liderar a oposição exige muita responsabilidade e no passado não estiveram à altura", acusou a deputada.
Na resposta, Rui Paulo Sousa justificou que o Chega é contra a criação deste organismo na PSP se não for acompanhado do reforço de meios.
"Se estiverem dispostos a criar um novo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) estamos dispostos a acompanhar, para fingir que estamos a fazer qualquer coisa para ficar bonito na foto, não obrigada", disse.
Em seguida, numa intervenção de fundo, o deputado do PSD Cristóvão Norte defendeu que, apesar de Portugal continuar a ser um país seguro, esse valor deve continuar a ser defendido como "imperativo moral cimeiro".
O também candidato à Câmara Municipal de Faro abordou ainda o tema da imigração, referindo que o número de cidadãos estrangeiros quadruplicou em oito anos, e avisou que há setores da economia que não funcionariam sem imigrantes e que a Segurança Social "estaria bem pior" sem eles.
"Defendemos tolerância, humanidade e dignidade. Por isso, não podem entrar todos os que o desejam e os que recebemos devem ser exemplarmente tratados, sem discriminações", defendeu.
O pedido de esclarecimento do Chega veio por parte do deputado estreante Ricardo Reis que citou o hino da campanha da AD -- "Deixem o Luís trabalhar" -- para criticar o atual Governo.
"Vai priorizar os jovens face aos que vêm de foram ou têm de ser os jovens a pegar no Luís e metê-lo daqui para fora?", questionou, numa frase que foi considerada pelo presidente do parlamento, José Pedro Aguiar-Branco, "uma falta de respeito" para com o primeiro-ministro.
Num outro pedido de esclarecimento, o deputado do PS João Torres salientou que "não existe nenhuma correlação fundamentada entre imigração e aumento da criminalidade" e pediu que o tema da segurança não seja partidarizado.
"A segurança não é um desígnio, não é um valor exclusivamente da direita, na esquerda também olhamos para a segurança como algo absolutamente prioritário, deixe de se apropriar do tema como se fosse da AD ou do Chega", apelou.
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