André Ventura refere que "o Governo português, até este momento, ainda não foi claro no que respeita ao esclarecimento do número de refugiados que pretende acolher".
O partido Chega questionou esta sexta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros sobre o número de refugiados afegãos que Portugal vai receber e que medidas o Governo irá tomar para que não entrem "terroristas islâmicos disfarçados de refugiados".
Numa pergunta entregue no parlamento e dirigida ao ministro Augusto Santos Silva, o deputado único e líder do Chega, André Ventura, refere que "o Governo português, até este momento, ainda não foi claro no que respeita ao esclarecimento do número de refugiados que pretende acolher nem sobre a forma com que o fará, exigindo-se um célere esclarecimento desta matéria".
"Por outro lado, importa ainda compreender de que forma e com que medidas pretende o Governo acautelar que, sob um disfarce de refugiado, não entrem em Portugal terroristas islâmicos que uma vez entrados e residentes em território nacional possam colocar em causa a segurança de todos os portugueses", alertou.
O deputado do Chega referiu ainda que outros países que executaram "políticas de migração sem qualquer critério se viram a braços com atos de pura selvajaria dentro das suas fronteiras".
"Portugal não pode colocar-se numa posição em que, para tentar ajudar países estrangeiros, acabe por colocar em causa a sua própria segurança. É fundamental saber o que foi planeado e executado pelo Governo português", reiterou.
"Perante o novo cenário político afegão e as contraditórias notícias que vão sendo veiculadas pela imprensa nacional, quantos refugiados vai Portugal, acolher?", questiona Ventura, na pergunta entregue na Assembleia da República.
O deputado do Chega pergunta, por outro lado, "que medidas serão tomadas por forma a garantir que não entrarão em território nacional terroristas islâmicos disfarçados de refugiados".
O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, vai receber esta sexta-feira à noite no Aeroporto de Figo Maduro os militares portugueses destacados para apoiar o esforço de retirada de cidadãos afegãos de Cabul e, com eles, o primeiro grupo de cidadãos identificados pelas autoridades portuguesas.
Em declarações à Lusa, esta sexta-feira à tarde o ministro referiu que os militares portugueses retiraram 58 cidadãos afegãos, incluindo intérpretes e tradutores, assim como os seus familiares, que colaboraram com as Forças Nacionais Destacadas (FND) portuguesas.
Numa fase inicial, o ministro da Defesa indicou que Portugal irá receber "bem mais" do que os 58 cidadãos afegãos retirados e do que os 50 a que o Governo já se tinha comprometido no âmbito da NATO e pela União Europeia.
"Virão também outros que Portugal se comprometeu já a trazer (...) das Nações Unidas. No total nós temos capacidade de receber 300 no imediato. Agora, este número terá de ser aumentado nas próximas semanas, não tenho dúvidas sobre isso", avançou.
Nesse âmbito, Gomes Cravinho refere que irá ser discutido "no plano europeu" como trabalhar a "vaga de afegãos que virão para a Europa", participando Portugal "obviamente" nesse "esforço coletivo".
"Para além disso, é evidente que a nossa disponibilidade continua para receber outros afegãos que saiam do país, que tenham a possibilidade de vir para a Europa", afirmou.
Os quatro militares portugueses encontravam-se em Cabul desde quarta-feira de madrugada, tendo como missão apoiar a retirada de cidadãos afegãos do país.
Os talibãs conquistaram Cabul em 15 de agosto, concluindo uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.
As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no território o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
A tomada da capital pôs fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e aliados na NATO, incluindo Portugal.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.