Carlos Furtado perdeu a confiança política do presidente do partido mas não renunciou ao mandato de deputado.
A Comissão de Ética do Chega vai propor a expulsão de Carlos Furtado, suspendendo por 90 dias o ex-líder regional açoriano, que perdeu a confiança política do presidente do partido mas não renunciou ao mandato de deputado.
A informação foi divulgada pelo Chega na sua página oficial da Internet, onde indica ter sido aprovada, por 90 dias (cerca de três meses), "a suspensão provisória do militante" Carlos Furtado, que na quarta-feira anunciou a intenção de se manter como independente na Assembleia Legislativa Regional dos Açores.
"Mais se informa que a suspensão provisória do militante tem ainda efeitos quanto a todos os mandatos e funções do visado, bem como quanto à sua capacidade eleitoral ativa e passiva", observa ainda o Chega na página da Internet.
"A Comissão de Ética informa que, ao abrigo da Diretiva n.º 3/2020 e do Regulamento Disciplinar, foi aprovada a suspensão provisória do militante Carlos Augusto Borges Rodrigues Furtado por um período de 90 dias e vai ser proposta a sua expulsão ao Conselho de Jurisdição", refere o Chega na Internet.
André Ventura reúne-se, hoje, com o presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro (PSD/CDS-PP/PPM), em Ponta Delgada, para debater "o novo quadro parlamentar e a sustentabilidade" governativa, de acordo com uma nota de imprensa do Chega.
PSD, CDS-PP e PPM, que juntos elegeram 26 deputados nas eleições regionais de 2020, assinaram um acordo de governação e um acordo de incidência parlamentar com o Chega, que alcançou dois mandatos no sufrágio.
O PSD assinou ainda um acordo de incidência parlamentar com o Iniciativa Liberal (IL), pelo que, com o apoio dos dois deputados do Chega, a coligação de direita somava 29 deputados na Assembleia Legislativa dos Açores.
Estando em causa um número suficiente para atingir a maioria absoluta (o PS elegeu 25 deputados, o BE dois e o PAN um), o representante da República indigitou José Manuel Bolieiro como presidente do Governo Regional, no dia 07 de novembro de 2020.
A Assembleia Legislativa dos Açores é composta por 57 deputados, sendo que, na atual legislatura, 25 são do PS, 21 do PSD, três do CDS-PP, dois do Chega, dois do PPM, dois do BE, uma da Iniciativa Liberal e um do PAN.
Na quarta-feira, Carlos Furtado revelou que ia passar à condição de independente, sem renunciar ao mandato, como pretendia o líder nacional do partido, que naquele dia lhe retirou a confiança política.
Furtado prometeu manter, como independente, os acordos de incidência parlamentar que o Chega assumiu com o atual governo de coligação PSD, CDS e PPM.
PS, PAN e IL, três das oito forças políticas da Assembleia Legislativa dos Açores, apelaram na quinta-feira à intervenção do representante da República, Pedro Catarino, perante o alegado aumento da instabilidade política causado pelas divisões internas no Chega.
PSD, CDS e PPM recusaram a ideia de qualquer instabilidade governativa na Região, bem como a necessidade de consultar o representante da República.
António Lima, do Bloco de Esquerda, lamentou que a estabilidade política na região esteja dependente de partidos como o Chega e acusou André Ventura de estar a aproveitar a situação dos Açores para alimentar "guerras internas" com a direita nacional.
José Pacheco, deputado único do Chega, recusou comentar, em declarações aos jornalistas, a alegada instabilidade governativa provocada pela saída do seu ex-colega de bancada.
Em abril de 2021, o Plano e Orçamento da região para 2021, os primeiros da legislatura, foram viabilizados com os votos favoráveis de PSD, CDS-PP, PPM, Chega e IL e a abstenção do PAN.
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