Margarida Ponte Silva
JornalistaDaniela Vilar Santos
JornalistaNa Assembleia cantou-se a 'Grândola, Vila Morena' com cravos vermelhos na mão
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Chega ao fim a celebração do 25 de Abril. Ouve-se o hino no Parlamento
Marcelo faz último discurso no 25 de Abril enquanto Presidente da República
Marcelo Rebelo de Sousa fez esta sexta-feira o seu último discurso no 25 de Abril, enquanto Presidente da República.
O Presidente da República elogiou a vida e obra do Papa Francisco, "sem recusas, sem ódios", e defendeu que a sua mensagem tem tudo a ver com os valores do 25 de Abril de 1974.
"Falarei, pois, de Francisco e do que a sua vida e obra pode ter a ver com o que significou e pode significar o 25 de Abril", declarou Marcelo Rebelo de Sousa, no início da sua décima e última intervenção como Presidente nesta data histórica.
Aguiar-Branco: "Todos concordamos que é preciso estabilidade política"
José Pedro Aguiar-Branco utilizou o seu discurso para falar diretamente aos deputados, dizendo que os políticos não podem ser "meros comentadores e analistas da realidade". O Presidente da Assembleia da República, enumerou vários aspetos em que os deputados discordam, seguindo-se de outros em que estão de acordo, chegando à conclusão de que todos estão de acordo que "é preciso estabilidade política".
"Construímos pedra a pedra a nossa democracia": Teresa Morais do PSD
A vice-presidente da Assembleia da República do PSD, Teresa Morais, pediu "prioridade absoluta" à erradicação da violência doméstica e alertou para novos riscos para as democracias criados pelas redes sociais, num discurso aplaudido várias vezes pela esquerda.
Teresa Morais considerou que se a democracia está hoje consolidada, também é "ainda imperfeita".
"E se há matéria em que a sua imperfeição se manifesta, é nas desigualdades várias que resistem na sociedade portuguesa, e em particular a que ainda mantém as mulheres em níveis inferiores de participação política e decisão económica, e de maior vulnerabilidade à violência doméstica, cuja erradicação deve ser considerada uma prioridade absoluta, que do que resto o Governo já assumiu", afirmou, considerando-o mesmo "um objetivo civilizacional".
A antiga ministra apelou a que a democracia consiga atingir novos patamares "de igualdade, de solidariedade, de erradicação da pobreza ainda não alcançados", quer em relação aos mais velhos, às crianças ou às pessoas com deficiência.
Lusa
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"Hoje o povo sai à rua, enquanto o Governo fica à janela": Pedro Nuno Santos do PS
Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, começou por saudar os capitães de Abril presentes e os 100 anos do nascimento de Mário Soares.
O deputado socialista criticou a posição do Governo de reserva face às comemorações do 25 de Abril. "Hoje o povo sai à rua, enquanto o Governo fica à janela", afirmou.
Pedro Nuno Santos criticou a extrema-direita cuja estratégia é "explorar a legitima esperança de muitos portugueses", sem apresentar medidas concretas, mas disse também que ambas as "respostas da direita" retiram força ao projeto coletivo que é invocado por Abril.
O socialista terminou o seu discurso relembrando o Papa Francisco: "Celebrara Abril é celebrar o Papa Francisco, a sua memória, a sua vida e a sua mensagem". "Viva ao 25 de Abril", gritou, ao terminar.
André Ventura recorda que Celeste Caeiro morreu sozinha nas urgências de um hospital
André Ventura recordou, no seu discurso, o facto de Celeste Caeiro ter morrido sozinha nas urgências de um hospital. "Não me venham com cravos, venham com soluções para Portugal", disse, ao criticar os deputados que estão de cravos ao peito.
O presidente do Chega criticou ainda a emigração "sem segurança e sem verificação" e chamou "Celestes" às vítimas daqueles que [os outros partidos] deixaram entrar sem segurança", numa referência às vítimas de violação e assédio.
Ventura falou também dos problemas que o País enfrenta no que toca a habitação e ao SNS.
"Eu não podia terminar este discurso sem recordar - sem exceção - todos os combatentes da pátria, a todos eles, uma sentida homenagem", afirmou ainda o deputado do Chega.
André Ventura terminou o seu discurso a recuperar uma frase de Salgueiro Maia: "Não percam tempo a fazer celebraçoes de 25 de abril. O 25 de abril não se celebra, o 25 de abril cumpre-se".
"Parte do que Abril prometia está longe de cumprir": Rui Rocha da Iniciativa Liberal
Rui Rocha, da Iniciativa Liberal, lembrou, no seu discurso, as dificuldades dos portugueses em ter uma habitação e em encontrar uma escola para os filhos.
O deputado afirmou que "parte do que Abril prometia está longe de cumprir", ao destacar que Portugal é o quinto país da UE onde os jovens têm mais dificuldades em sair da casa dos pais e a necessidade de um estado ao serviço das pessoas e das empresas.
Mariana Mortágua critica adiamento das celebrações do 25 de Abril e recorda Celeste Caeiro
Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, criticou o Governo pelo adiamento das celebrações do 25 de Abril. "A democracia tem de saber o dia em que nasceu", começou por dizer. "Que o Governo entenda que esta celebração pode ser adiada é so a confirmação de que nem o dia mais feliz pode iluminar o futuro de um povo", afirmou a deputada do BE.
Mortágua também criticou o capitalismo e os políticos que o mesmo "gerou". Relembrou também o genocídio na palestina, denunciado há um ano no Parlamento e lamentou as mortes do último ano, fruto do conflito.
A deputada fez ainda um apelo direto aos portugueses que possam acredutar que a democracia "já não tem nada" para lhes dar, dizendo: "o 25 de Abril fala contigo".
Terminou o seu discurso com uma alusão a Celeste Caeiro e à sua oferta dos cravos. "Num cravo cabe outro mundo", disse ao terminar.
Enquanto Mariana Mortágua discursava, foram ouvidos comentários da bancada do Chega, que levaram a deputada a fazer uma breve pausa antes de continuar.
António Filipe do PCP lembra que a "democracia portuguesa tem força para derrotar inimigos"
O deputado do PCP António Filipe avisou hoje que a democracia "está sob ameaça dos que tentam denegrir as suas conquistas", mas manifestou-se convicto de que terá "força suficiente para derrotar os seus inimigos".
António Filipe reconheceu que, "para muitos portugueses", o momento atual pode ser de "desencanto, de deceção e de descrença".
"Desencanto com o incumprimento de promessas feitas e com o defraudar de expectativas criadas. Deceção com uma ação governativa distante das promessas feitas e insensível às reais preocupações das pessoas. Descrença em relação a uma prática política que não contribui para a resolução dos problemas do povo e do país", enumerou.
De cravo vermelho na lapela, António Filipe avisou que "a democracia está hoje sob a ameaça dos que tentam denegrir as suas conquistas".
Lusa
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"Este é um momento para fazermos história": Isabel Mendes Lopes do Livre
Isabel Mendes Lopes, porta-voz do Livre, começou por recordar os capitães de Abril que morreram este ano, mas também Celeste Caeiro e o seu papel naquela que ficou conhecida como a Revolução dos Cravos, graças ao seu gesto, que descreve como "um acaso, mas não uma coincidência".
A porta-voz do Livre falou ainda das primeiras eleições pós-revolução, onde, pela primeira vez, o sufrágio feminino foi assegurado.
A deputada explica que o momento atual não só parece, mas é ameaçador, face à emergência dos regimes de extrema direira na Europa e no mundo. No entanto, Inês Mendes Lopes diz também que "este é um momento para fazermos história".
Paulo Núncio do CDS recorda os 50 anos das primeiras eleições livres e democráticas
Paulo Núncio, presidente do grupo parlamentar do CDS, começou o seu discurso a invocar o Papa Francisco como um "papa que celebrou uma cultura de e pela vida".
O deputado do CDS recordou também os 50 anos das primeiras eleições livres e democráticas, quando "o povo português confirmou que tinha maturidade politica".
Paulo Núncio recordou também o 25 de Novembro, que descreve como uma continuação do 25 de Abril. "Em abril ganhamos liberdade e em novembro evitamos perdê-la", afirma.
"É urgente fazer com que a promessa de Abril chegue a todas as pessoas": Inês Sousa-Real do PAN
Inês Sousa Real, deputada única do PAN, começa os discursos na sessão solene do 25 de Abril.
A falou da urgência de "celebrar abril" num período em que os "portugueses estão cansados da instabilidade política". "É urgente fazer com que a promessa de Abril chegue a todas as pessoas, todas sem exceção", afirmou Inês Sousa Real, que lembou algumas batalhas em Portugal, nomeadamente no âmbito dos crimes de violência doméstica e de abuso sexual.
Um minuto de silêncio no Parlamento pela morte do Papa Francisco
O Parlamento fez um minuto de silêncio pela morte do Papa Francisco, depois de José Aguiar-Branco proferir um dicurso em que recordou alguns dos maiores feitos do Sumo Pontífice.
O Presidente da Assembleia da República destacou a ordenação de quatro cardeais portugueses e as duas visitas do Papa a Portugal: a primeira a Fátima e a segunda durante as Jornadas Mundiais da Juventude. Aguiar-Branco falou ainda do Papa que "apoiou, com palavras e gestos, os mais pobres entre os pobres" e que "defendeu a dignidade da vida humana".
Hino nacional é entoado por um coro no interior da Assembleia da República
Presidente da República acaba de chegar ao Parlamento. Ouve-se o hino nacional
Marcelo Rebelo de Sousa chega à Assembleia da República, acompanhado por Aguiar-Branco. Os militares cantam o hino nacional.
Luís Montenegro chega à Assembleia da República
Luís Montenegro e a mulher, Carla Montenegro, já chegaram à Assembleia da República.
Ramalho Eanes chega à Assembleia da República
Marques Mendes chega à Assembleia da República
Algumas figuras públicas, nomeadamente Marques Mendes, candidato às presidenciais de 2026, chegam à Assembleia da República.
Começam as cerimónias do 25 de Abril junto à Assembleia da República
As celebrações do 25 de Abril já começaram em Lisboa, junto à Assembleia da República, com desfile das Forças Armadas.
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