Primeiro-ministro referiu que, em matéria de refugiados, Portugal assumiu uma responsabilidade "muito para além da sua quota".
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O primeiro-ministro afirmou esta segunda-feira que a União Europeia tem de refletir mais e mudar o sistema de acolhimento de refugiados, frisando que a solidariedade não pode ser apenas invocada na questão dos fundos estruturais.
António Costa falava aos jornalistas no final de uma visita ao Massachusetts Institute of Techocnology (MIT), em Boston, depois de questionado sobre os episódios em torno do navio "Aurora", que Espanha se ofereceu para receber, com 629 refugiados a bordo, depois de Itália e Malta terem recusado.
"A solidariedade não existe só no momento da distribuição dos fundos europeus. Existe também no esforço que todos temos de fazer para partilhar aqueles refugiados que procuram a Europa", respondeu o primeiro-ministro, numa declaração em que criticou os Estados-membros que preconizam políticas de encerramento de fronteiras.
"A política de encerramento de fronteiras é contrária aos valores da União Europeia. Portugal tem possuído uma política de abertura constante nesta matéria", acentuou o líder do executivo perante os jornalistas.
O primeiro-ministro referiu depois que, em matéria de refugiados, Portugal assumiu uma responsabilidade "muito para além da sua quota".
"Mas a Europa tem de refletir sobre a razão deste sistema não ter funcionado. Têm de ser resolvidas algumas situações: A recolocação não pode ser apenas pegar em refugiados e recoloca-los em outro lado, porque as pessoas não são coisas, são seres humanos com projetos de vida", especificou o primeiro-ministro.
Neste ponto, António Costa deu como exemplo positivo o caso dos refugiados sírios que são colocados para frequentarem o Ensino Superior em Portugal.
"Com um projeto de vida, em que todos têm a possibilidade de continuar os seus estudos, todos esses sírios têm permanecido em Portugal. Mas os que têm sido colocados me Portugal de forma aleatória, sem qualquer perspetiva de postos de trabalho, ao fim de algum tempo, procuram juntar-se a amigos ou família em outros países", disse.
Interrogado sobre o objetivo do novo Governo italiano de fechar as portas aos refugiados, o líder de executivo nacional defendeu que tem de se olhar para a Europa globalmente "e não agravar as divisões que já existem".
"Temos de perceber os problemas que os outros têm e responder. Nenhum país que esteja na linha da frente da pressão dos refugiados poderá suportar este fenómeno sem a solidariedade dos restantes Estados-membros", advertiu.
Em relação aos países que têm adotados políticas de fecho de fronteiras, António Costa afirmou que "não têm o direito de não proteger as pessoas, até porque sabem que Portugal está disponível para acolher e salvar cidadãos".
"Se todos fecharmos fronteiras não vamos ter uma melhor Europa. Vamos ter seguramente uma Europa que afastada dos seus valores. E nada é mais importante para a Europa do que preservar e saber defender os seus valores", acrescentou.
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