Candidatos divergiram sobre revisão da lei laboral apresentada pelo executivo, SNS e a questão da promulgação da Lei da Nacionalidade. Papel da UE deixou os dois em acordo.
João Cotrim de Figueiredo e António José Seguro protagonizaram mais um frente a frente no âmbito dos debates para a corrida a Belém (transmitido pela RTP1).
O primeiro a ter a palavra foi Cotrim de Figueiredo, que começou por reconhecer as "qualidades de integridade e transparência" de Seguro, mas reiterando "que faltam coisas" ao adversário. O primeiro assunto em destaque foi a revisão da Lei Laboral, após a reunião desta terça-feira que juntou a ministra do Trabalho e o secretário-geral da UGT.
O candidato apoiado pela IL referiu que sabe que Seguro vetaria a revisão da Lei Laboral, questionando se não existem alterações úteis à lei em Portugal. "Espero que a reunião [com a UGT] seja a primeira de várias que conduzam a um acordo", afirmou.
Após tomar a palavra, Seguro começou por negar que se encontrou com o candidato presidencial, André Ventura, depois das declarações feitas pelo líder do Chega no debate frente a Gouveia e Melo.
"A nossa diferença é que eu vetaria tal como estava [o pacote laboral] e o meu adversário promulgaria", continuou Seguro sobre o pacote da lei laboral apresentado pelo Governo. "Fico satisfeito que o Governo tenha reconhecido que começou mal este processo", apontou Seguro, que realçou ainda que o projeto de revisão falhou na "concertação social".
Cotrim responde e frisa "as diferenças" existentes entre os dois candidatos quanto ao tema. "Eu valorizo a estabilidade política, tal como valorizo a paz social. O Governo tinha tanto para começar como prioridade", aponta Seguro.
Quanto à organização e gestão do Sistema Nacional de Saúde (SNS), Seguro aponta para "manobras processuais" do adversário e refere a importância de captação de profissionais.
Cotrim voltou a atacar o adversário, considerando que "Seguro não quer mudar nada". "Eu não sou suspeito [de ser na mesma cor do Governo]”, diz, com Seguro a interromper para dizer que "é do mesmo espaço político". O candidato apoiado pelo PS explicou ainda que pretende mudar, “por exemplo o SNS".
Seguiu-se a abordagem à Lei da Nacionalidade. "Acho que estamos perante um caso sobre o normal posicionamento das instituições", disse o candidato apoiado pela IL. António José Seguro relembra que Cotrim se pronunciou antes do Tribunal no que toca à lei, questionando o adversário se a promulgava, algo que Cotrim confirma. Seguro respondeu, afirmando "estar esclarecido".
Sobre até onde pode ir o Presidente da República, Seguro garante que vai "cooperar institucionalmente com o Governo". Cotrim de Figueiredo garante que "os Presidentes devem ter a preocupação de colaborarem institucionalmente com os governos, de facilitar a ação do governo e serem exigentes nas funções que têm", explica. António José Seguro disse ainda ter "experiência governativa", ao contrário do liberal, relembrando ter sido ministro adjunto do Governo de António Guterres.
O candidato apoiado pelo PS prossegue e questiona Cotrim sobre "o futuro". O candidato Liberal destaca o tema da economia e aponta para a necessidade de um sistema "menos burocrático", acusando ainda Seguro de pertencer ao partido que "sempre se recusou a reduzir os escalões do SNS".
No que toca aos temas internacionais, os candidatos concordam que os EUA "não têm de interferir em política europeia". "A Europa tem um problema, não tem voz política", apontou Seguro, algo sobre o qual o candidato liberal também concordou.
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