Partidos destacaram que Portugal não pode ser cúmplice da Guerra em Gaza, num protesto pela Palestina, em Lisboa.
Alguns partidos de esquerda acusaram esta quinta-feira o governo português de não mostrar interesse pelos detidos nas embarcações da Global Sumud Flotilla e destacaram que Portugal não pode ser cúmplice da Guerra em Gaza, num protesto pela Palestina, em Lisboa.
"[Outros países] chamaram embaixadores de Israel dos seus países a consultas, exigindo a libertação dos nacionais desses países que foram presos ilegalmente e o governo português nada", disse o dirigente do Bloco de Esquerda (BE) Jorge Costa, no protesto com mais de 1.000 pessoas.
O dirigente indicou que o governo português teve uma "atitude displicente", ou seja, um comportamento marcado pela falta de cuidado, atenção ou interesse pelos detidos portugueses na flotilha.
O movimento de solidariedade com a Palestina convocou um protesto contra o ataque israelita, na quarta-feira, à Global Sumud Flotilla, uma frota composta por pequenas embarcações que transporta medicamentos e alimentos para entregar na Faixa de Gaza (região onde Israel bloqueou a entrada de ajuda humanitária).
A candidata presidencial e antiga líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins também esteve presente no protesto e disse que "Israel pode ter travado a flotilha, mas não travou o mar de gente que está aqui hoje".
A deputada do Partido Comunista Português (PCP) Paula Santos disse à Lusa que o governo português deve "condenar o genocídio em Gaza" e que "não pode ser cúmplice" da guerra na Palestina.
Paula Santos disse ainda que governo tem de fazer tudo o que está ao seu alcance pelos detidos na flotilha.
"[O governo] tem que fazer tudo o que está ao seu alcance naturalmente para proteger os cidadãos portugueses e para exigir a sua imediata libertação", indicou a deputada.
No protesto, organizado pelo movimento de solidariedade com a Palestina, que começou às 18:00, estão presentes adultos, jovens e crianças com a bandeira da Palestina, com o lenço simbólico palestiniano Keffiyeh e cartazes que exigem a "liberdade para a flotilha", " Sanções para Israel" e o " Fim do Cerco na Palestina", em frente à Embaixada de Israel.
Organizações que defendem a Palestina também estiveram presentes na manifestação, como por exemplo, o movimento Occupy for Gaza e o Comité de Solidariedade com a Palestina, organização também conhecida por Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS).
Durante a manifestação, que acabou por volta das 20:30, foram feitos discursos, ouviram-se tambores e gritos como "a Palestina vencerá".
O movimento de solidariedade com a Palestina organizou mais protestos esta quinta-feira, do norte ao sul do país, que começaram entre as 18:00 e as 19:00.
As ações decorreram em Aveiro, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Faro, Porto, Setúbal e Viseu.
As forças israelitas intercetaram entre a noite de quarta-feira e a manhã de esta quinta-feira a Flotilha Global Sumud, com cerca de 50 embarcações, que se dirigia à Faixa de Gaza para entregar ajuda humanitária, detendo os participantes, incluindo quatro cidadãos portugueses: a líder do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse esta quinta-feira esperar que os cidadãos portugueses possam regressar ao país "sem nenhum incidente", considerando que a mensagem da flotilha humanitária foi transmitida.
Também foram detidos 30 espanhóis, 22 italianos, 21 turcos, 12 malaios, 11 tunisinos, 11 brasileiros e 10 franceses, bem como cidadãos dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, México e Colômbia, entre muitos outros - os organizadores denunciaram a falta de informação sobre o paradeiro de 443 participantes da missão humanitária.
A guerra no Médio Oriente foi desencadeada pelos ataques liderados pelo grupo islamita palestiniano Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel.
A retaliação de Israel já provocou mais de 65.000 mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e um desastre humanitário sem precedentes na região.
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