Executivo garante que redução de impostos terá um impacto superior a 222 milhões de euros.
O Governo da Madeira (PSD/CDS-PP) considerou, esta segunda-feira, que o Orçamento da região para 2026 coloca o alívio fiscal no centro da ação, vincando que a redução de impostos terá um impacto superior a 222 milhões de euros.
"O rendimento das famílias fica onde deve ficar: no bolso de quem trabalha, de quem investe e de quem mais precisa", afirmou o secretário regional das Finanças, Duarte Freitas.
O governante falava na Assembleia Legislativa regional, na apresentação das propostas de Orçamento da Madeira para 2026, no valor de 2.329 milhões de euros, e de Plano de Investimentos, orçado em 1.002 milhões.
Os valores são inferiores aos deste ano, com menos 204 milhões de euros ao nível do Orçamento e menos 42 milhões no Plano de Investimentos, mas Duarte Freitas explicou que a diferença decorre da conclusão de parte significativa dos investimentos financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), bem como da diminuição dos passivos financeiros.
"Este facto demonstra que o Orçamento não é menor porque fazemos menos, mas porque já fizemos muito", disse.
O debate prolonga-se durante três dias, acabando na quarta-feira com a votação final global, e os documentos têm aprovação garantida pela maioria PSD/CDS-PP, partidos que suportam o Governo Regional em coligação e contam com 24 deputados (23 social-democratas e um democrata-cristão), num total de 47 que compõem o hemiciclo.
A apreciação na generalidade decorre esta manhã, com a presença do chefe do executivo, o social-democrata Miguel Albuquerque, e dos oito secretários regionais, estando a votação agendada para depois das 12:00.
Na apresentação dos documentos, Duarte Freitas sublinhou o desagravamento fiscal previsto no Orçamento, com a redução máxima de 30% permitida por lei nas taxas de Imposto sobre o Rendimento Singular (IRS) para todos os escalões em 2026 (atualmente abrange apenas até ao 6.º escalão).
O governante destacou também uma redução superior a 10 milhões de euros no Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos (ISP), para mitigar os custos dos combustíveis, a manutenção da taxa reduzida do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) no mínimo legal de 4%, com impacto superior a 7,5 milhões de euros, e a redução de 4,2 milhões de euros da taxa de IVA sobre a eletricidade.
O Governo da Madeira vai também manter o desagravamento máximo no Imposto sobre o Rendimento Coletivo (IRC), com uma taxa geral de 13,3%, uma taxa reduzida de 10,5% sobre os primeiros 50 mil euros de matéria coletável e 8,75% nos concelhos da costa norte e Porto Santo.
Duarte Freitas apontou ainda uma dotação de 55,8 milhões de euros para programas de dinamização da atividade económica, bem como 46,1 milhões inseridos no Madeira 2030 (fundos comunitários) para projetos de inovação, internacionalização, investigação e eficiência energética, e também 2,1 milhões para linhas de crédito e mecanismos de apoio à liquidez.
O setor primário vai contar com 15 milhões, ao passo que a habitação, uma área que o executivo considera prioritária, tem uma dotação global de 81 milhões de euros.
"Já entregámos 507 fogos. Para 2026, prevemos entregar cerca de mais 300 fogos, num investimento de 33 milhões de euros, financiado pelo PRR e pelo Orçamento Regional", explicou.
Em relação ao Plano e Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração da Região (PIDDAR), no valor de 1.002 milhões de euros, Duarte Freitas destacou 28 milhões de euros para infraestruturas rodoviárias, 11,5 milhões para requalificação e modernização de estabelecimentos de ensino e 62,8 milhões de euros para a continuação da construção do novo Hospital Central e Universitário da Madeira, bem como 4,7 milhões de euros para a Unidade de Saúde Local do Porto Santo.
O governante referiu ainda uma verba de 54,5 milhões de euros para lares, centros comunitários, centros de dia e equipamentos destinados a idosos, a pessoas com deficiência e grupos vulneráveis e Rede de Cuidados Continuados Integrados.
Por outro lado, apontou o reforço do Programa Estudante InsuLar, num investimento superior a 13,5 milhões de euros, e os apoios ao desporto amador (3,7 milhões) e às organizações juvenis (2,8 milhões)
"Em 2026, o Governo Regional mantém os apoios diretos ao rendimento familiar, nomeadamente abonos, reduções fiscais e incentivos à natalidade, destinando mais de 130 milhões de euros ao fortalecimento económico e social das famílias", disse.
Entre outros investimentos, Duarte Freitas focou a alocação de 56,8 milhões de euros para a valorização das carreiras e das condições de trabalho da Administração Pública e de oito milhões para apoio às Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários.
Então ainda previstos 2,7 milhões de euros para comparticipações para medicamentos e serviços de saúde ao nível das forças de segurança e militares, e mantém-se o subsídio de insularidade para todos os funcionários públicos, com 20,5 milhões de euros.
"A Madeira não espera: age, investe e transforma", disse o governante, sublinhando que o Orçamento assenta na continuidade do trabalho já desenvolvido pelo executivo e na introdução de novas medidas.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.