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Habitação e acessibilidades marca debate com candidatos à Câmara de Portalegre

Atual executivo municipal é composto por três eleitos da coligação PSD e CDS-PP, dois do PS e outros dois da CLIP.

27 de setembro de 2025 às 22:03

Os cinco candidatos à presidência da Câmara de Portalegre defenderam este sábado que é necessário criar mais habitação e acessibilidades para fixar e atrair população, num concelho que apresenta um tecido empresarial débil.

No debate transmitido pela RTP3, o tema da habitação foi o primeiro a suscitar atenção, com a atual presidente do município e candidata da coligação PSD/CDS-PP, Fermelinda Carvalho, a defender a criação de habitação acessível, esperando em quatro anos recuperar um total de 130 casas.

"Nós temos uma Estratégia Local de Habitação no âmbito de Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) de nove milhões de euros para executar, temos inúmeros projetos feitos e já lançamos muitos concursos públicos", disse.

Já o candidato do PS, Francisco Silva, defende a captação de fundos comunitários para criar habitação social e a aquisição de casas devolutas na zona histórica da cidade, por parte do município, no sentido de colocar depois esses imóveis no mercado a preços acessíveis.

"Em vez de termos gasto tanto dinheiro em alcatrão (recuperação de estradas municipais nos últimos quatro anos) podíamos ter apostado algum dinheiro na parte velha da cidade, comprar as casas velhas, recuperá-las e colocá-las no mercado", defendeu.

O candidato do movimento Candidatura Livre e Independente por Portalegre (CLIP), Ricardo Romão, acusou o atual executivo da coligação PSD/CDS-PP de não ter cumprido o calendário para a compra e requalificação de "umas centenas" de habitações.

Em relação à Estratégia Local de Habitação, Ricardo Romão recordou que o anterior executivo liderado pela CLIP deixou um plano no valor de 28,5 milhões de euros, tendo o atual executivo, segundo o candidato, realizado uma execução de apenas de "cerca de um milhão de euros", considerando tratar-se de uma percentagem "ínfima".

O candidato da CDU, Diogo Júlio, defendeu por sua vez que seja disponibilizada habitação a custos baixos, mas também que possam ser disponibilizadas casas para quadros que têm outras apetências e poder de compra.

"O que tem sido construído são casas de preços proibitivos para os portalegrenses na sua maioria, é preciso também apostar nas casas a preços baixos mas com qualidade. Nós temos bairros totalmente degradados, a nossa cidade, bairros periféricos, está desleixada", lamentou.

Por último, o candidato do partido Chega, João Lopes Aleixo, defendeu a criação de mais habitação para atrair investimento e população, tendo também lamentado que o mercado do arrendamento na cidade apresenta um quadro "assustador", com a falta de oferta.

"Eu andei à procura de casa para arrendar em Portalegre e é assustador, não há oferta e os preços que há são assustadores", alertou.

Nesse sentido defende uma maior atuação da autarquia para criar habitação, bem como a apresentação de candidaturas aos fundos disponibilizados pelo Governo através do Banco Europeu de Investimento.

Na área das acessibilidades, todos os candidatos defenderem a melhoria dos serviços prestados pela ferrovia e a criação de mais vias rodoviárias de acesso a Portalegre, como a conclusão do Itinerário Complementar (IC) 13, a ligação às autoestradas em que os traçados cruzam ou circundam o distrito de Portalegre e vias de acesso a Espanha.

O atual executivo municipal, liderado por Fermelinda Carvalho, a cumprir o seu primeiro mandato, é composto por três eleitos da coligação PSD/CDS-PP, dois do PS e outros dois da CLIP.

As eleições autárquicas estão marcadas para o dia 12 de outubro.

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