Mariana Leitão pediu a Luís Montenegro para ter a "coragem de implementar soluções que resolvam verdadeiramente os problemas das pessoas".
A Iniciativa Liberal (IL) quer que o Orçamento do Estado para o próximo ano preveja medidas de incentivo à construção e disponibilização de mais habitações, como a descida do IVA, e também a redução da despesa pública.
A líder da IL reuniu-se esta quarta-feira com o primeiro-ministro, na residência oficial, em São Bento, no âmbito das negociações sobre o próximo Orçamento do Estado, e pediu a Luís Montenegro para ter a "coragem de implementar soluções que resolvam verdadeiramente os problemas das pessoas".
No final da reunião, Mariana Leitão defendeu a introdução no orçamento para 2026 de medidas para resolver a crise na habitação e disponibilizar mais casas, como "a descida efetiva do IVA na construção" ou a "descida dos impostos sobre os rendimentos prediais".
"Não há casas e nós precisamos que haja medidas que permitam que se construam mais casas, mas também que haja medidas do lado do mercado de arrendamento para que se consiga ter mais casas disponíveis no imediato", afirmou.
Em declarações aos jornalistas, a líder da IL considerou também que é urgente "mexer no IRS de forma substancial" para "pôr mais dinheiro no bolso das pessoas", que "não podem continuar a ser fustigadas por uma carga fiscal excessiva".
Mariana Leitão defendeu igualmente que é "necessário reduzir a despesa pública".
"Nós continuamos sem saber dados da questão dos funcionários públicos. No entanto, temos o ministro da Reforma do Estado que diz que está fora de questão despedir quem quer que seja. Ora, a pergunta que fica é se não sabem quantas pessoas é que trabalham, a fazer o quê e com que vencimentos, como é que se podem fazer afirmações dessas", questionou.
A liberal defendeu, de seguida, "uma avaliação séria, efetiva, transversal à administração pública, para se conseguir fazer uma reforma do Estado que tenha impacto, que valorize as pessoas que de facto trabalham na administração pública, que têm mérito e que se esforçam e que merecem essa valorização".
Questionada sobre o papel da IL nas contas da aprovação do Orçamento do Estado, Mariana Leitão afirmou que "matematicamente, as coisas são", mas salientou a qualidade das propostas do partido.
A liberal indicou também que "há disponibilidade para dialogar".
Nesta declaração, Mariana Leitão fez também questão de comentar a presença do líder do Chega numa manifestação de imigrantes em frente ao parlamento, acusando André Ventura de "aproveitar-se desta situação sem apresentar solução absolutamente nenhuma que tenha em conta a sustentabilidade e as necessidades do país".
A líder da IL considerou que existe um "descontrolo absoluto" na imigração, por "culpa única e exclusivamente do PS, que permitiu que durante anos houvesse um completo e absoluto descontrolo nas entradas de pessoas" no país.
A liberal defendeu uma política de imigração de acordo com as "necessidades do país e que seja feita de forma regulada, e que haja também mecanismos de fiscalização".
O líder do Chega, André Ventura, saiu esta tarde do plenário com alguns deputados do seu partido e dirigiu-se à frente do edifício da Assembleia da República, onde se encontravam várias centenas de imigrantes, que se manifestavam de forma pacífica.
O protesto terminou com um momento de muita tensão depois de a comitiva do Chega se ter dirigido ao local. Nessa altura, pessoas que estavam na manifestação dirigiram-se a André Ventura a gritar palavras como "fascista", "racista" e "Portugal é de quem trabalha".
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