"Portugal precisa de facto de mudar", disse João Cotrim Figueiredo.
A Iniciativa Liberal (IL) defendeu hoje que Portugal precisa de uma "renovação do ciclo político", mas ressalvou que não há "perspetiva de isso acontecer", e acusou o PS de se "agarrar ao poder".
"É um estado da nação muito particular neste ano 2021, porque estamos a sair de um ano e meio de pandemia e aquilo que mais nos incomoda e preocupa é o facto de sentirmos que há uma mudança no ciclo social, porque estamos a sair do período de pandemia, tem de corresponder a uma mudança no ciclo económico, e não se vê uma mudança de ciclo político", afirmou o deputado único da IL, João Cotrim Figueiredo.
Em declarações à agência Lusa a propósito do debate sobre o Estado da Nação, que decorre na quarta-feira no parlamento, o presidente do partido considerou que "isto em boa parte tem a ver com o esforço do PS em se agarrar ao poder".
"Esta hegemonia crescente que sentimos do PS nas várias instâncias de poder, na forma como usa a 'geringonça' não só para esterilizar os partidos à sua esquerda mas para ir cedendo para viabilizar orçamentos e pouco mais, a maneira como lhe interessa muito estrategicamente manter o Chega como partido importante para impedir maiorias que não sejam as do PS", criticou.
Na ótica de João Cotrim Figueiredo, "isso impede a renovação do ciclo político" e é algo que "preocupa muito" o partido, porque, diz, "Portugal precisa de facto de mudar".
"Se olharmos para uma década ou duas décadas para trás, Portugal não tem conseguido acompanhar o desenvolvimento de outros países, e isso tem a ver com as políticas que têm sido seguidas, e esse ciclo político que tinha que mudar não estamos a ver perspetiva de isso acontecer", lamentou.
O deputado defendeu também que "é fundamental neste final de ano de 2021, e olhando para a frente, que se instale de uma nova cultura que acabe com a dependência em relação ao Estado".
Neste âmbito, o líder da IL salientou também algumas propostas defendidas pelo partido.
"Queremos aumentar drasticamente a liberdade de escolha das pessoas, seja nos serviços públicos que estão disponíveis, na educação, na saúde, também na Segurança Social, queremos desagravar significativamente a carga fiscal que incide sobre pessoas e sobre as empresas, achamos fundamental descentralizar o poder de decisão, e precisamos de ter um combate muitíssimo mais robusto ao compadrio e à corrupção", elencou.
O debate sobre o Estado da Nação está agendado para quarta-feira, na Assembleia da República, e tem duração prevista de quase quatro horas. O Governo e os partidos com representação parlamentar vão analisar em retrospetiva a última sessão legislativa.
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