Antigo deputado pretende suceder a Mariana Mortágua.
O antigo deputado José Manuel Pureza vai encabeçar as listas da moção 'A' à Mesa Nacional e à Comissão Política do Bloco de Esquerda (BE), candidatando-se para suceder a Mariana Mortágua na coordenação do partido.
De acordo com as listas, às quais a Lusa teve acesso, aprovadas esta tarde em Coimbra numa reunião dos bloquistas apoiantes da moção 'A', anteriormente encabeçada por Mariana Mortágua, José Manuel Pureza surge como primeiro candidato à Mesa Nacional (órgão máximo entre convenções) e à Comissão Política (órgão que assegura a direção quotidiana).
O dirigente que encabeça a lista à Mesa mais votada em Convenção Nacional (agendada para os dias 29 e 30 de novembro) assume, por norma, o lugar de coordenador - figura que não existe formalmente nos estatutos do partido.
José Manuel Marques da Silva Pureza tem 66 anos, nasceu em Coimbra e foi eleito deputado por este círculo eleitoral pela primeira vez em 2009 exercendo o cargo até 2011, depois entre 2015 e 2019 e, por último, entre 2019 e 2022.
Durante esse período exerceu funções como líder parlamentar, tendo chegado a vice-presidente da Assembleia da República. Atualmente, é membro da Mesa Nacional do BE e, este ano, candidatou-se à Câmara Municipal de Coimbra.
Em segundo lugar na lista para a Mesa Nacional surge Isabel Pires, seguida de Fabian Figueiredo, ex-líder parlamentar dos bloquistas, Marisa Matias e João Curvêlo (que atualmente não integra este órgão).
Mariana Mortágua surge em sexto na lista, que conta ainda com nomes que já integram este órgão como os de Joana Mortágua, José Soeiro, a candidata presidencial Catarina Martins, Pedro Filipe Soares, Jorge Costa, Adriano Campos, ou Andreia Galvão (que recentemente substituiu Mortágua no parlamento), entre outros.
De um total de 80 nomes, surgem novas candidaturas à Mesa, como é o caso da ex-eurodeputada Anabela Rodrigues, ou bloquistas como Daniel Borges, a vereadora em Lisboa Carolina Serrão, António Soares, Joana Neiva ou Maria Escaja, deputada municipal na capital.
Da lista candidata à Comissão Política, também encabeçada por José Manuel Pureza, sai a até agora coordenadora Mariana Mortágua (que se candidata apenas à Mesa Nacional), assim como dirigentes do núcleo duro que ainda fazem parte deste órgão e que não se recandidatam como Jorge Costa, José Gusmão, Leonor Rosas, Pedro Filipe Soares ou Moisés Ferreira.
Recandidatam-se vários dos dirigentes que já integram a direção como Fabian Figueiredo, Isabel Pires, Catarina Martins, Andreia Galvão, Joana Mortágua, José Soeiro, Marisa Matias e Miguel Cardina.
Entre os nomes candidatos que não estão atualmente na direção surgem bloquistas como Bruno Góis, Daniel Borges, João Curvêlo, Mafalda Brilhante ou António Soares, entre outros, de um total de 11.
A lista à Comissão de Direitos é encabeçada por Bárbara Ranito.
Além da moção 'A', que congrega mais subscritores, cerca de 600, apresentaram-se à 14.ª Convenção Nacional do BE mais quatro textos da oposição, que apontam falta de democracia interna e pedem mais atenção às bases.
A reunião deste domingo realizou-se cerca de uma semana depois de Mariana Mortágua ter enviado uma carta aos militantes do BE, afirmando que não pretendia recandidatar-se à liderança do partido por considerar que a direção por si encabeçada foi incapaz de "gerar um novo impulso político e eleitoral".
Mariana Mortágua foi eleita coordenadora do BE em maio de 2023 para um mandato de dois anos. Com 39 anos, economista, Mortágua destacou-se na comissão de inquérito ao BES e sucedeu a Catarina Martins na coordenação dos bloquistas. Recentemente, integrou uma flotilha que pretendia levar ajuda humanitária até à Faixa de Gaza, tendo sido detida pelas autoridades israelitas.
A deputada única já fez saber que só ficará na Assembleia da República até ao final de novembro, terminado o processo orçamental.
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