Presidente da associação dos indignados foi recebido por assessor.
Os clientes que se sentem lesados pela venda de papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES) estão a ficar mais impacientes e violentos. A prova disso foi a manifestação de ontem, recheada de confrontos com a polícia, o que obrigou à intervenção do INEM na assistência a dois manifestantes que se sentiram mal à porta da residência oficial do primeiro-ministro.
"O limite da minha paciência já foi ultrapassado há muito, acreditava que vivíamos num Estado de Direito, mas isto é uma selvajaria", disse ao CM Paulo Barrocal, ainda junto à sede do Novo Banco, onde os ânimos entre manifestantes e polícia já estavam exaltados, quando os clientes tentaram quebrar o cordão policial e invadir a instituição.
Foi o primeiro momento de tensão, antes de o protesto cortar o trânsito na Avenida da Liberdade e seguir depois para São Bento. Os manifestantes garantem que não vão desistir de tentar reaver o dinheiro que investiram em papel comercial do GES. Asseguram que foram burlados e que acreditavam estar a subscrever um depósito a prazo com capital de juro garantido. São cerca de 2500 lesados, que reúnem 527 milhões de euros. Com a garantia do Banco de Portugal de que o Novo Banco não tem de reembolsar os clientes do retalho, e que por isso o seu comprador também não terá de o fazer, cresce a preocupação. Mas também a determinação: "Vamos ver se não pagam. Porque nós vamos estar lá, não desistimos, e hão de perder clientes todos os dias. Quem compra uma empresa com dívidas deve assumi-las", avisa Carlos Sousa, outro lesado.
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