Rui Barreto desvaloriza descontentamento manifestado pelo presidente do partido, Nuno Melo.
O líder do CDS-PP/Madeira, Rui Barreto, indicou esta quarta-feira que o partido não participou na negociação do acordo de incidência parlamentar com o PAN, após as eleições legislativas regionais de domingo, sublinhando que isso "não tem mal nenhum".
"Esse assunto não foi comigo. Foi um acordo feito entre o partido liderante da coligação Somos Madeira [o PSD] e está correto, porque deve ser o partido liderante da coligação Somos Madeira a encetar os contactos com os partidos que mostraram disponibilidade na noite eleitoral para fazer um acordo o quão mais robusto possível", disse.
Rui Barreto falava aos jornalistas no Palácio de São Lourenço, no Funchal, depois de ter sido recebido pelo representante da República, Ireneu Barreto, que começou hoje a ouvir os partidos que conseguiram representação parlamentar, na sequência das eleições legislativas regionais de domingo.
O líder dos centristas madeirenses, número dois da lista da coligação Somos Madeira, desvalorizou o descontentamento manifestado pelo presidente do partido, Nuno Melo, pela escolha do PAN em detrimento da Iniciativa Liberal.
Em declarações à Lusa na terça-feira à noite, Nuno Melo afirmou que a solução "resulta de um entendimento do PSD/Madeira com o PAN, no qual o CDS não participou", sendo o "acordo do presidente do Governo Regional", Miguel Albuquerque.
"No continente, eu percebo, o líder nacional do CDS tem toda a legitimidade e autoridade para emitir as opiniões", disse hoje Rui Barreto, para logo acrescentar: "Na Madeira, o CDS/Madeira tem também a sua autonomia para, atendendo às especificidades regionais, que não são nem pouco nem mais ou menos iguais às nacionais, decidir aquilo que é melhor para o interesse da Madeira e do Porto Santo".
Rui Barreto, também secretário regional da Economia no Governo de coligação PSD/CDS-PP, menorizou as questões ideológicas relacionadas com o PAN.
"As matérias que o PAN suscita a nível nacional e que são conflituantes com o CDS nacional não têm nenhuma razão de ser na Região Autónoma da Madeira", disse, realçando que "as matérias tidas para fazer o acordo [de incidência parlamentar] são matérias pacificas".
"E, portanto, não haverá problema nenhum", acrescentou.
O líder centrista madeirense sublinhou que o CDS-PP tem um "acordo estável de compromisso com o PSD", estabelecido em 2019, quando o PSD perdeu pela primeira vez a maioria absoluta na região autónoma e disse que, após as eleições de domingo, a coligação Somos Madeira tem "totais condições políticas e constitucionais para formar governo e apresentar um programa de governo".
"Enquanto líder do CDS, honrarei e honraremos todos os compromissos assumidos no quadro da coligação com o PSD e, sobretudo, com os madeirenses e porto-santenses", afirmou.
Rui Barreto disse, por outro lado, que apesar de haver um acordo de incidência parlamentar com o PAN, devem ser mantidos "canais de comunicação permanente com todos aqueles que venham por bem", admitindo "acordos pontais" com outras forças representadas no parlamento regional.
"Não devemos fechar a porta a ninguém", frisou.
A coligação PSD/CDS-PP venceu no domingo as legislativas regionais, mas ficou a um deputado da maioria absoluta, tendo sido anunciado na terça-feira um acordo de incidência parlamentar com o PAN, que conseguiu um mandato.
Nas eleições de domingo, a coligação PSD/CDS-PP elegeu 23 deputados, o PS 11, o JPP cinco e o Chega quatro, enquanto a CDU (PCP/PEV), o BE, o PAN e a IL elegeram um deputado cada.
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