Rui Barreto defende que o partido "sempre teve no seu espetro ideológico liberais e conservadores".
O líder do CDS-PP/Madeira e número dois da coligação PSD/CDS-PP, Rui Barreto, disse esta segunda-feira que não fecha a porta a um acordo de governação com o PAN e a Iniciativa Liberal (IL) porque ambos estão "relativamente próximos ideologicamente".
"Não revelamos preferências numa situação em que são dois partidos que estão relativamente próximos daquilo que nós ideologicamente representamos", afirmou Rui Barreto à agência Lusa.
Ao especificar, o centrista disse que, no caso da IL, o "CDS sempre teve no seu espetro ideológico liberais e conservadores" e o PAN também "é um partido humanista, é um partido com um conjunto de preocupações" que não conflituam com o que o CDS representa.
"Não fechamos a porta nem a um, nem a outro, ou um e outro", reforçou o líder do CDS-PP/Madeira, referindo que o acordo de governação ainda está em aberto, podendo ser com um destes dois partidos ou com ambos, no sentido de permitir que a coligação PSD/CDS-PP governe com maioria parlamentar, uma vez que venceu as eleições legislativas regionais da Madeira, mas sem maioria absoluta.
À Lusa, Rui Barreto defendeu que "o mais importante é garantir um quadro de estabilidade", em que a solução ideal é um acordo para o período de quatro anos de legislatura.
"As circunstâncias alteraram-se, nós adaptamo-nos às circunstâncias e fico agradado de haver, de facto, a possibilidade de haver convergências num quadro governativo de uma coligação de governação e de estabilidade, e é isso que espero que venha a ser encontrado", expressou.
A coligação formada por PSD e CDS-PP venceu no domingo as eleições legislativas regionais da Madeira, com 43,13% dos votos, mas sem conseguir obter maioria absoluta, elegendo 23 dos 47 deputados.
De acordo com resultados oficiais provisórios da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o PS elegeu 11 deputados, o JPP cinco e o Chega quatro, enquanto a CDU (PCP/PEV), o BE, o PAN e a IL elegeram um deputado cada.
Para o líder do CDS-PP/Madeira, "é tão clara a vitória da coligação [PSD/CDS-PP] quanto clara é a derrota do Partido Socialista".
"Nós obtivemos uma vitória muito clara, mais do dobro da votação do Partido Socialista, e, por isso, uma derrota muito clara do Partido Socialista e mais uma rejeição do socialismo na Madeira, que, pela 13ª vez consecutiva, não conseguiu os seus intentos", indicou o número dois da coligação PSD/CDS-PP.
Apesar disso, Rui Barreto reconheceu que a coligação falhou o principal objetivo, que era garantir uma vitória "que assegurasse uma maioria absoluta estável" para conseguir continuar a governar.
"Mas estamos a trabalhar para que isso venha a ser assegurado num quadro parlamentar, é assim que funciona em democracia. Faltou um deputado, faltou um bocadinho e julgo que isso será assegurado em nome da estabilidade, do progresso e do desenvolvimento da Madeira", perspetivou.
O objetivo da coligação PSD/CDS-PP era que se pudesse assegurar a continuidade desse trabalho que PSD e CDS desenvolvem desde 2019, indicou o centrista.
Segundo o líder do CDS/Madeira, os dois partidos foram "leais entre si" e proporcionaram "um governo estável" e "muito competente para enfrentar e ultrapassar numa legislatura uma pandemia e uma guerra na Europa com consequências como a inflação e as subidas de taxas de juro".
Questionado sobre quantos dos 23 deputados eleitos pela coligação PSD/CDS-PP são do CDS-PP, Rui Barreto disse que são três, exatamente o mesmo número que os centristas conseguiram em 2019 concorrendo sozinhos, mantendo a mesma força em termos de representação parlamentar.
Sobre a possibilidade de o centrista José Manuel Rodrigues se manter no cargo de presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, o centrista considerou "muito prematuro" fazer essa discussão enquanto não está ainda assegurado um quadro de maioria parlamentar.
Relativamente à entrada de novas forças políticas, Rui Barreto disse que o parlamento regional fica "mais fragmentado" e realçou que tal se deve a "uma hecatombe" do PS, que perdeu oito deputados para outros partidos da oposição.
"Representam também as vontades do povo, que temos de respeitar e nos adaptarmos num quadro de uma democracia parlamentar", acrescentou.
A coligação formada por PSD e CDS-PP venceu no domingo as eleições regionais da Madeira, com 43,13% dos votos mas sem conseguir obter maioria absoluta, elegendo 23 dos 47 deputados.
De acordo com resultados oficiais provisórios da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o PS elegeu 11 deputados, o JPP cinco e o Chega quatro, enquanto a CDU (PCP/PEV), o BE, o PAN e a IL elegeram um deputado cada.
O Chega e a IL vão assim estrear-se na Assembleia Legislativa da Madeira, enquanto PAN e BE regressam ao parlamento.
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