"É evidente que seria muito melhor uma maioria absoluta do que uma vitória sem maioria absoluta", disse o presidente do CDS-PP.
O presidente do CDS-PP assinalou esta segunda-feira que a coligação com o PSD teve uma "grande vitória" nas eleições regionais da Madeira e considerou que a decisão sobre eventuais entendimentos com outros partido cabe a Miguel Albuquerque.
"Eu recordo que grande parte das sondagens davam uma margem de intervalo que previa também este resultado, e este resultado foi uma grande vitória. É evidente que seria muito melhor uma maioria absoluta do que uma vitória sem maioria absoluta, mas venceram-se suponho que todos os concelhos e a esmagadora maioria das freguesias", salientou Nuno Melo.
Em declarações à Lusa, o eurodeputado apontou que PSD e CDS-PP conseguiram eleger 23 deputados, tendo ficado a um eleito de conseguir maioria absoluta, e afirmou que não faz "nenhum sentido" que tentem transformar "uma vitória numa derrota".
Já o PS "perdeu oito deputados, só elegeu 11", apontou o presidente do CDS-PP.
"Foi esta purga que permitiu uma dispersão de votos que levou a uma nova multiplicidade de atores políticos, razão pela qual realmente o PS foi o grande derrotado da noite eleitoral, e é para mim muito impressionante, para não dizer caricato, que até ao momento o secretário-geral do PS ainda não tenha sido chamado a justificar a hecatombe", afirmou o centrista.
Nuno Melo considerou que, tendo a coligação falhado a maioria absoluta, "é preciso encontrar solução que confira a maioria necessária para se governar e é sabido, ouvido o presidente do Governo Regional e presidente do PSD Madeira, que essas soluções passarão por um deputado do PAN ou da IL".
"Não me compete a mim, como presidente de um partido nacional, interferir nisso", indicou, quando questionado sobre qual seria a melhor opção, sustentando que se trata de "matéria exclusiva de avaliação das autonomias".
"Num meio eleitoral pequeno como o da Madeira, [há] sempre circunstâncias particulares e pessoais que se jogam nas dinâmicas de campanha e políticas que podem, para além da questão estritamente ideológica, justificar opções. Essa avaliação comete a quem lidera esta coligação, que é o doutor Miguel Albuquerque, e que eu respeitarei sem emitir, a esse propósito, opinião", ressalvou Nuno Melo.
O presidente do CDS-PP assinalou também que, "se os resultados da Madeira fossem transpostos para eleições legislativas, o que estava a acontecer neste momento era uma mudança de ciclo e o fim da governação do doutor António Costa", pelo que recusa transformar "a hecatombe do doutor António Costa e do PS em silêncio e a vitória do PSD e CDS numa derrota", uma vez que na sua opinião "é uma grande vitória".
Questionado se a coligação PSD/CDS se poderá repetir a nível nacional, Melo respondeu: "Tudo podem ser soluções. Não me parece que essa seja uma solução para o PSD e, pelo nosso lado, o que me importa é preparar o CDS para aquilo que é normal num partido político, que é para enfrentar eleições sozinhos".
De acordo com informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, os sociais-democratas e os centristas obtiveram 43,13% dos votos e 23 lugares no parlamento regional, constituído por um total de 47 deputados.
Na sequência destas eleições, o número de partidos representados no parlamento madeirense vai passar de cinco para nove na próxima legislatura.
Há quatro anos, o PSD elegeu 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinha desde 1976, e formou um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados).
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