Centrista considerou haver "deficiências de representação" no Conselho Nacional.
O antigo líder parlamentar do CDS-PP António Lobo Xavier considerou que o partido sofre um "definhamento indiscutível" e defendeu a realização de um congresso para discutir a liderança, salientando que Adolfo Mesquita Nunes merece respeito.
"Percebo que o presidente [do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos] tem legitimidade, mas estaria mais confortável se ele estivesse mais disponível para um debate mais alargado, embora obviamente os congressos digitais sejam muito complexos na pandemia", afirmou Lobo Xavier na quarta-feira à noite, no programa Circulatura do Quadrado, na TVI24, onde é comentador habitual.
O centrista considerou haver "deficiências de representação" no Conselho Nacional porque "é sempre um espaço limitado porque sabe que tem as inerências, e há muitos delegados distritais que não foram eleitos por razões relacionadas com a pandemia".
"Se há disponibilidade para uma luta interna, então que se faça essa luta interna", defendeu.
Na semana passada, o antigo vice-presidente do CDS-PP Adolfo Mesquita Nunes propôs a realização de um Conselho Nacional para discutir a convocação de um congresso antecipado para disputar a liderança, e anunciou que será candidato a presidente do partido se essa reunião magna se realizar.
Em resposta, o presidente do CDS-PP convocou para sábado uma reunião do Conselho Nacional (órgão máximo entre congressos) e o único ponto na ordem de trabalhos é a discussão e votação de uma moção de confiança à Comissão Política Nacional.
António Lobo Xavier criticou também Francisco Rodrigues dos Santos por ter feito "insinuações sobre a ligação de Adolfo Mesquita Nunes aos negócios", sublinhando que "não só é uma falsidade, mas é uma estigmatização inaceitável para um presidente do CDS".
"O que eu espero mesmo é que não comecemos em guerras fratricidas e insultos, como eu já estou a ver o terreno da disputa interna a resvalar para sítios de que eu não gostaria", acrescentou.
O antigo dirigente centrista não se comprometeu com um apoio, ressalvando que Mesquita Nunes "não teve ainda hipótese de explicar o que quer" para o partido, mas realçou que "só o facto de ele querer ser líder do CDS numa luta em que há eleições autárquicas e o partido está tão em baixo", é "um gesto de respeito".
"Eu acho que ele merece respeito e merece ser ouvido, e os militantes do CDS podem querer discutir num fórum mais alargado que soluções há para este definhamento lento", defendeu.
Sobre a situação do partido, o também membro do Conselho de Estado disse compreender "insatisfação dos militantes" e observou que existe uma "ideia generalizada" de que "o CDS pode desaparecer".
Lobo Xavier defendeu que a situação "é grave", porque "na altura do 'táxi' (quando elegeu quatro deputados) o CDS perdeu os seus votos para o PSD", mas agora "está numa oposição que é composta também pelo Chega e pela Iniciativa Liberal".
"Esta situação de uma 'minivan' é bastante mais complicada para o CDS, e eu compreendo a insatisfação dos militantes, o desespero, a necessidade de ver as coisas mudar, quererem um protagonismo forte, ideias claras, mas não imputo toda a responsabilidade ao presidente do CDS porque o CDS não tem só um presidente, tem um grupo parlamentar", advogou.
E insistiu que "um certo definhamento indiscutível do CDS não pode ser só apontado ao presidente, os deputados têm voz e têm tribunas, alguns deles são magníficos", apontando que "é preciso procurar melhor as causas" para a crise que o partido enfrenta.
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