A edição de hoje
Chefe do Governo pretende evitar crise política com consenso entre partidos.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, quer convidar "todas as forças políticas para dar o seu contributo ao Orçamento [de Estado]" e isso inclui o partido Chega.
O apelo a um consenso alargado de forma a evitar uma nova crise política foi feito esta segunda-feira, em Bruxelas, durante uma entrevista de Montenegro ao Now, o novo canal televisivo de notícias da Media Livre, proprietária do Correio da Manhã.
Na conversa em direto a partir da capital belga, Montenegro realçou o trabalho realizado pelo seu executivo e elencou as várias áreas nas quais o Governo já agiu, destacando a Saúde, como setor com maior urgência. Quanto aos resultados da governação, o primeiro-ministro pediu paciência e referiu que "só alguém de má fé pode exigir resultados em menos de 60 dias".
"Estamos empenhados e estamos a cumprir o que está no nosso programa", realçou Luís Montenegro.
"Só há legislativas daqui a quatro anos. Governar é sempre difícil", constatou o líder do PSD, lembrando ainda que o Governo não está interessado em novas eleições legislativas.
O líder do executivo assumiu, por outro lado, que "está a ser um privilégio e uma honra governar" e revelou ainda que tem recebido, nas ruas, muito apoio de pessoas que não votaram na Aliança Democrática.
"Estão a apoiar o trabalho do Governo", diz Luís Montenegro.
No rescaldo das últimas eleições europeias, Montenegro admitiu que "o resultado [da AD] não era o que procurávamos, mas comparado com muitos outros pela Europa fora, é um bom resultado".
Para o líder do PSD, "a coligação manteve a sua representação numa altura em que, pela primeira vez, os partidos de direita [Iniciativa Liberal e Chega] elegeram quatro deputados".
Já sobre o PS, referiu Montenegro, "ganhou as eleições, isso não está em causa, mas perdeu um deputado".
O primeiro-ministro está em Bruxelas para participar na cimeira europeia tendo reunido antes do encontro com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e aproveitou a entrevista para "desejar toda a sorte [ao novo canal da Medialivre] na nobre missão de informar os portugueses".
Luís Montenegro aproveitou ainda para assinalar esta segunda-feira, nas redes sociais, o sétimo aniversário dos incêndios em Pedrógão Grande: "Hoje é dia para recordar as vítimas e familiares marcados por esta tragédia" e para "reforçar o compromisso para que não se volte a repetir e estes territórios não caiam no esquecimento".
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