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Maçonaria recebe corpo de Emídio Guerreiro

Morreu ontem Emídio Guerreiro. Tinha 105 anos. Combatente anti-fascista e fundador do PPD/PSD, encontrava-se internado num lar com o seu nome, em Guimarães, para onde foi depois de sair do hospital daquela cidade.

30 de junho de 2005 às 00:00

Por sua vontade, o seu corpo estará hoje em câmara-ardente no Palácio Maçónico, em Lisboa, a sede do Grande Oriente Lusitano.

Emídio Guerreiro era maçon. Pertencia à Loja 25 de Abril. “Entrei em 1928 e escolhi o nome de ‘Lénine’ – a grande figura da revolução russa“, revelou numa entrevista ao jornal ‘Público’, feita em vésperas de concluir um século de vida. Não temia a morte. “Eu encaro a morte como uma necessidade biológica.” Receava sim a perda da dignidade.

Emídio Guerreiro foi opositor do regime salazarista, o que o conduziu a um longo exílio em França. E foi com outros exilados políticos que, em 1967, fundou a LUAR. Após o 25 de Abril, integrou o núcleo de fundadores do PPD, chegando a secretário-geral em 1975, ano em que abandonou o partido. No dia em que completou 100 anos (6 de Setembro de 1999) foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.

Por vontade de Emídio Guerreiro, todos os seus bens serão entregues à Misericordia de Guimarães.

Para o Presidente da República, Emídio Guerreiro era o exemplo de “cidadão militante, resistente à ditadura, político e parlamentar”. Num telegrama enviado à família, Sampaio lembrou que o visitou aquando das comemorações do Dia de Portugal.

“Neste momento de luto, lembro o abraço que nessa ocasião lhe dei em testemunho de grande apreço e cujo sentido agora renovo como homenagem à sua memória ilustre.”

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