Eleições estão marcadas para outubro de 2025.
Alguns antigos autarcas anunciaram que vão voltar a candidatar-se, nas eleições de outubro, à presidência de municípios que já lideraram, nomeadamente Dores Meira, que quer voltar a Setúbal, e Luís Filipe Menezes, candidato a Gaia.
Apesar de serem em menor número, os outrora chamados "dinossauros" do poder local ainda existem e mais de uma dezena já anunciou candidaturas às eleições de 12 de outubro próximo (as candidaturas podem ser apresentadas até 18 de agosto).
Em Setúbal, a ex-presidente Maria das Dores Meira, eleita pela CDU (coligação PCP/PEV) em três mandatos consecutivos, em 2009, 2013 e 2017, vai recandidatar-se à presidência do município sadino em 2025, mas agora como independente.
Apesar de independente, Dores Meira recebeu o apoio do PSD nacional, o que desagradou à concelhia do partido. Com o apoio social-democrata, Luís Filipe Menezes, antigo presidente do PSD, recandidata-se a Vila Nova de Gaia, município a que presidiu durante quatro mandatos (1997, 2001, 2005 e 2009), sempre com maioria absoluta. Menezes já tinha tentado voltar a ser presidente, em 2013, desta vez na Câmara do Porto, mas perdeu a batalha eleitoral para o atual presidente portuense, o independente Rui Moreira.
Nestas mesmas eleições, em 2013, foi também derrotado Nuno Cardoso, antigo presidente da Câmara do Porto, que ocupou o cargo em substituição de Fernando Gomes (PS), entre 1999 e o final de 2021. Nuno Cardoso é novamente candidato ao Porto, como independente, pelo movimento "Pensar o Porto".
O antigo presidente da Câmara de Estremoz Luís Mourinha já apresentou uma nova candidatura à presidência deste município do distrito de Évora, que dirigiu durante 12 anos, eleito pela CDU, e mais outros 10 pelo Movimento Independente por Estremoz (MIETZ), pelo qual vai agora concorrer novamente.
O último mandato de Mourinha foi interrompido em 2019, quando o tribunal o condenou, com a pena acessória de perda de mandato, pelo crime de prevaricação. Em Vagos (distrito de Aveiro), Rui Cruz (PSD) volta a ser candidato 12 anos depois de ter passado o testemunho a Silvério Regalado, atualmente secretário de Estado da Administração Local.
Rui Cruz foi presidente da Câmara Municipal de Vagos de 2001 a 2013. Alberto Souto, presidente da Câmara de Aveiro entre 1998 e 2005, pelo PS, também ex-secretário de Estado Adjunto e das Comunicações por este partido, quer voltar à presidência da autarquia e é o candidato socialista.
Alberto tem como principal opositor o seu irmão, Luís Souto, escolhido como candidato pelo PSD para suceder ao social-democrata Ribau Esteves, presidente que deixa a autarquia por limitação de mandatos. Para Ponte da Barca (distrito de Viana do Castelo), o PS anunciou ter escolhido como cabeça de lista Vassalo Abreu, que presidiu a este concelho entre 2005 e 2017.
O antigo presidente da Câmara de Pedrógão Grande (Leiria) João Marques é de novo o candidato do PSD àquele município do distrito de Leiria, onde cumpriu quatro mandatos como presidente, entre 1997 e 2013, deixando o cargo devido à lei da limitação de mandatos.
O social-democrata Hélder Sousa e Silva foi presidente da Câmara de Mafra de 2013 a 2024, quando renunciou ao último mandato para assumir o cargo de eurodeputado. Hélder Sousa e Silva, que liderou os Autarcas Social Democratas, foi escolhido pelo PSD para ser candidato à Câmara de Almada nas eleições deste ano.
O ex-presidente da Câmara de Alcochete, Luís Miguel Franco (CDU), eleito em 2005, 2009 e 2013, fez uma pausa de quatro anos devido à limitação de mandatos, perdeu as autárquicas nesta vila do distrito de Setúbal em 2021 e ficou como vereador.
Luís Franco é de novo candidato a presidente em 2025 pela CDU, mas desta vez à Câmara do Montijo. Rui Marques Luís (PSD) foi presidente da Câmara Municipal de Ponta do Sol, na Madeira, em 2005, 2009 e 2013, tendo deixado o cargo em 2017 por ter cumprido três mandatos consecutivos, e é agora de novo o cabeça de lista social-democrata à mesma autarquia madeirense.
João Azevedo, presidente de Mangualde entre 2009 e 2019, quando deixou o mandato a meio para ser deputado, volta a ser candidato do PS à Câmara de Viseu, à qual já se candidatou em 2021, mas perdeu para o social-democrata Fernando Ruas, também ele um autarca de peso, que regressou então à autarquia que liderou entre 1989 e 2013.
O anterior presidente da Câmara de Castelo Branco, José Augusto Alves, não chegou a ser um "dinossauro", uma vez que foi presidente da mesma entre 2020 e 2021 (quando substituiu o socialista Luís Correia, condenado a perda de mandato, após ter assinado dois contratos com uma empresa detida pelo seu pai).
José Augusto Alves, que foi vice-presidente da autarquia albicastrense entre 2017 e 2020, vai agora a eleições encabeçando a lista da coligação Sempre Por Todos, que junta o PSD, o CDS e o Sempre -- Movimento Independente.
Há ainda dois casos de "dinossauros" que regressam "a casa" sem terem deixado de ser presidentes de Câmaras: O presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá (CDU), está no fim de três mandatos consecutivos neste município, o máximo permitido por lei, e é novamente cabeça de lista da CDU à Câmara de Montemor-o-Novo, que já tinha presidido entre 1993 e 2013.
O outro caso é Vítor Proença, que já não se pode recandidatar a Alcácer do Sal, pelo que nas próximas autárquicas é candidato da CDU à Câmara de Santiago do Cacém, município que já dirigiu entre 2001 e 2013.
Além dos ex-presidentes de Câmaras que querem voltar ao cargo, também há casos de autarcas que tiveram outras responsabilidades municipais e que agora são de novo candidatos: um exemplo é o de Paulo de Morais, que foi vice-presidente da Câmara do Porto, candidato independente às presidenciais de 2016 e é agora o candidato do PSD à Câmara de Viana do Castelo.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.