PR afirmou que "a razão fundamental" do seu encontro com o rei da Jordânia, Abdullah II, "é a candidatura portuguesa ao Conselho de Segurança".
O Presidente da República vai encontrar-se este domingo com o rei da Jordânia em Nova Iorque, onde terá cerca de 20 reuniões bilaterais para promover a candidatura de Portugal ao Conselho de Segurança da ONU em 2027-2028.
Em declarações aos jornalistas, à saída de uma livraria, em Nova Iorque, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que "a razão fundamental" do seu encontro com o rei da Jordânia, Abdullah II, à margem da 80.ª sessão da Assembleia Geral da ONU, "é a candidatura portuguesa ao Conselho de Segurança".
"Vai-se falar, obviamente, também da situação no Médio Oriente. E eu tinha apresentado ou enviado um convite para uma visita de Estado a Portugal. Neste momento não é muito fácil, pela situação no Médio Oriente, mas vamos ver quando, se ainda é no meu mandato que vai até março ou já é no mandato do meu sucessor", acrescentou.
O seu encontro com o rei da Jordânia acontece no dia em que o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, fará, na missão missão permanente de Portugal junto da Organização das Nações Unidas (ONU), a declaração formal de reconhecimento do Estado da Palestina.
Sobre a candidatura portuguesa a um dos lugares de membros não-permanentes do Conselho de Segurança da ONU em 2027-2028, que serão eleitos em 2026, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que "Portugal tem uma competição difícil com a Alemanha e com a Áustria".
"Somos três para dois [lugares]. E arrancámos muito bem, há muito tempo, mas arrancámos em 2013. É uma eternidade", comentou o chefe de Estado.
Marcelo Rebelo de Sousa considerou que, neste contexto, o encontro com o rei da Jordânia "é muito importante, porque é um país influente".
O Presidente da República adiantou que terá cerca de 20 encontros bilaterais para promover a candidatura portuguesa, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, mais uns 20, e a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Ana Isabel Xavier, cerca de 15.
"São 50 países, 50 e tal países. A ideia é, de facto, percorrer países que normalmente não se encontram se não aqui", explicou, realçando que "este é o ano, desde sempre, em que há mais chefes de Estado nas Nações Unidas, por causa dos 80 anos [da ONU]".
A candidatura de Portugal a membro não-permanente deste órgão em 2027-2028 foi anunciada em 2013 pelo então ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas. A Alemanha e a Áustria também lançaram candidaturas para o mesmo período.
Em 2021, o Presidente da República pediu a confiança dos países membros da ONU para um novo mandato de Portugal no Conselho de Segurança, do qual o país já foi membro não-permanente em 1979-1980, 1997-1998 e 2011-2012.
"Nós não mudamos de princípios. E manteremos também o mesmo rumo", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, na 76.ª sessão da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque.
O Conselho de Segurança da ONU tem cinco membros permanentes, com direito de veto: Estados Unidos de América, Federação Russa, França, Reino Unido e República Popular da China.
Portugal tem defendido uma reforma do Conselho de Segurança da ONU que implique, pelo menos, representação africana, do Brasil e da Índia como membros permanentes deste órgão, que foi criado para manter a paz e a segurança internacionais em conformidade com os princípios das Nações Unidas.
Todos os anos a Assembleia Geral elege cinco de um total de 10 membros não-permanentes, que nos termos de uma resolução da ONU são distribuídos da seguinte forma: cinco africanos e asiáticos, um da Europa de Leste, dois da América Latina, dois da Europa Ocidental e outros Estados.
As eleições para os lugares a ocupar em 2027-2028 irão realizar-se em 2026, ano em que António Guterres terminará o seu segundo mandato de cinco anos como secretário-geral da ONU, lugar ao qual se candidatou, proposto por Portugal, em 2016, tendo sido reeleito em 2021.
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