"Limitei-me apenas a fazer aquilo que um chefe de Estado deve fazer", disse o chefe de Estado português.
O chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou, esta quinta-feira, que contactou o seu homólogo guineense, Umaro Sissoco Embaló, que lhe disse estar bem de saúde e teve uma "reação agradecida, positiva e simpática".
"Eu limitei-me apenas a fazer aquilo que um chefe de Estado deve fazer, que foi contactar o chefe de Estado guineense para saber como é que ele se encontrava, o que fiz ontem [quarta-feira]", declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, na Fundação Champalimaud, em Lisboa, a propósito da situação na Guiné-Bissau.
O Presidente da República relatou que Sissoco Embaló lhe disse que estava "de saúde boa e que estava numa situação que considerava da sua parte como uma situação que não justificava, para já, nenhum tipo de comentário".
"Eu achei que mais que isso seria interferir numa situação interna guineense. Comuniquei ao Governo que a reação tinha sido uma reação agradecida, positiva e simpática", acrescentou o chefe de Estado.
Marcelo Rebelo de Sousa falava no fim de uma visita conjunta com o Presidente da Eslováquia, Peter Pellegrini, à Fundação Champalimaud.
Questionado sobre a situação na Guiné-Bissau, onde um grupo de militares anunciou na quarta-feira ter tomado o poder, antecipando-se à divulgação dos resultados das eleições gerais de 23 de novembro, o Presidente da República começou por responder que tem acompanhado os acontecimentos através do Governo português e que se revê na sua posição.
"É uma questão interna daquele país, mas, naturalmente, justifica a preocupação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)", que convocou "uma reunião para abordar essa matéria", referiu.
Segundo o chefe de Estado português, "não há nada como não estar a exprimir opiniões acerca de uma matéria sem verificar qual é a matéria de facto, e respeitar aquilo que vai sendo definido num país soberano em relação à sua vida interna".
"Não nos chegou, até agora, notícia de problemas envolvendo portugueses", adiantou.
No seu entender, o Governo português tem-se posicionado de forma "muito sensata e cuidadosa" sobre os acontecimentos na Guiné-Bissau.
O Presidente subscreveu a mensagem de que "o ideal é que não haja perturbações na ordem e na vida normal das pessoas e das instituições, que se perceba quais são os contornos da evolução do processo eleitoral em curso, porque ainda estava em curso" e qual é "o desfecho imediato dos acontecimentos".
Sobre as negociações para a paz na Ucrânia, Marcelo Rebelo de Sousa reiterou que "não interessa estar a encontrar uma solução rápida, se for uma solução rápida que tem muitas fragilidades e que, portanto, fica ultrapassada rapidamente pelos acontecimentos e não agrada a ninguém".
"Não agrada à Rússia, que tem a sua posição muito firme e clara desde sempre que sou de matéria. Não agrada à Ucrânia, que tem pontos fundamentais que o Presidente Zelensky repete permanentemente, em termos de integridade territorial, em termos de fronteiras, em termos de garantia de capacidade de defesa armada própria", apontou.
"E não agrada naturalmente à Europa, porque não é uma solução que seja duradoura, que dê segurança duradoura. Daqui por X tempo, mais breve do que longo, está-se a rediscutir tudo", acrescentou.
O chefe de Estado advertiu que "chegar-se a um cessar-fogo deixando em aberto questões fundamentais já se viu que tem muitos problemas, mesmo noutras áreas, como o Médio Oriente, tem problemas todos os dias e levanta questões todos os dias".
"Portanto, por todas estas razões, há que acompanhar em permanência os passos que são dados e nunca deixar, da parte europeia, toda ela, cair pontos essenciais que não são só para a Ucrânia, são para qualquer Estado no futuro, nomeadamente, europeu", defendeu.
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