Presidente da República assinalou ainda que os líderes partidários, em comparação com o passado, vão ter uma participação reduzida na campanha.
O Presidente da República salientou este sábado o caráter local das eleições autárquicas e afastou leituras políticas nacionais dos resultados, assinalando que os líderes partidários, em comparação com o passado, vão ter uma participação reduzida na campanha.
"Eleições locais são eleições locais", declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, no penúltimo dia da Festa do Livro no Palácio de Belém, antes de assistir a um debate com a presença dos antigos ministros António Barreto e Manuela Ferreira Leite.
Interrogado sobre as consequências políticas nacionais das eleições de 12 de outubro próximo, o chefe de Estado afastou cenários de grandes mudanças. "Houve ainda há pouco tempo eleições legislativas e vamos ter eleições presidenciais.
Portanto, os líderes dos partidos sentem que não podem estar a fazer três campanhas legislativas. Não dá", frisou. O chefe de Estado considerou mesmo que os temas de campanha das eleições autárquicas possam ser "contaminados" pelas principais questões da política nacional.
"Penso que os temas vão ser muito locais. E mesmo nos grandes municípios, nas áreas metropolitanas de Lisboa ou do Porto, penso que vai pesar conhecer ou não os candidatos, o que fizeram no passado e o que vão fazer no futuro, que posições tomam sobre a autarquia, muito mais do que temas nacionais. É o que me parece que está a acontecer, pelo que se percebe, nomeadamente nas grandes áreas metropolitanas", sustentou o Presidente da República.
Perante os jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa recordou a sua experiência em campanha autárquica, em 1997, quando desempenhava as funções de presidente do PSD, em que percorreu a grande maioria dos municípios do país.
"Hoje isso é raríssimo. Mesmo os líderes dos maiores partidos vão às antigas capitais de distrito e vão a mais uma dezena, duas dezenas, três dezenas" de municípios, observou.
Marcelo Rebelo de Sousa disse que a explicação para essa escassa participação dos líderes em campanha autárquica tem "uma razão simples", "Houve [eleições] legislativas, logo a seguir foram as férias de verão e a pré-campanha local.
Direi que se há característica este ano é a de que ou os líderes não participam mesmo, há casos de líderes que não participam, ou participam mas de uma forma que é muito menos intensa do que acontecia anteriormente", advogou.
"Por outro lado, espero que seja uma campanha muito esclarecedora. Há muitos candidatos, o que é um bom sinal. É uma oportunidade para eles fazerem mais debates a nível local", apontou, antes de defender que as eleições autárquicas são marcadas pelos fatores conhecimento pessoal dos candidatos e proximidade.
"São eleições em que pesa a pessoa, pesam as obras feitas, pesa aquilo que se sonha para o futuro e, em termos de proximidade, tradicionalmente são as eleições com menor abstenção e com maior participação", referiu, antes de avançar com mais um exemplo baseado na sua experiência pessoal para reforçar a sua tese.
"Fui autarca, fiz campanhas autárquicas, várias, em municípios grandes, em municípios pequenos e muito pequenos. E a experiência é que não há propriamente um posicionamento nacional nas eleições locais. O que valem são os temas locais", acentuou.
Marcelo Rebelo de Sousa admitiu temas comuns a vários concelhos, como mobilidade, habitação e educação.
"Mas são sempre temas locais", insistiu.
Nas declarações que fez aos jornalistas, o Presidente da República recusou comentar se o caso da empresa familiar do primeiro-ministro, Luís Montenegro, a Spinumviva, eventualmente, poderá ter influência nos resultados das eleições autárquicas. E hoje também não voltou a comentar a situação política da ministra da Saúde, Ana Paula Martins.
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