Sara Reis Teixeira
JornalistaMaria João Ruela, assessora para os Assuntos Sociais na Presidência da República, é ouvida esta quarta-feira na Comissão Parlamentar de Inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras que foram tratadas com o medicamento Zolgensma, no valor de quatro milhões de euros, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
Recorde-se que o processo de alegado favorecimento das gémeas tem como arguidos António Lacerda Sales, ex-secretário de Estado da Saúde, e Nuno Rebelo de Sousa, filho do Presidente da República.
Começa a CPI
Toma a palavra Maria João Ruela, que conta que desde 2018 chegaram mais de 32 mil cartas e emails à assessoria dos assuntos sociais da presidência.
A assessora refere que a 21 de outubro de 2019 recebeu um email do Chefe da Casa Civil, Frutuoso Melo, acerca de uma mensagem, cujo remetente era Nuno Rebelo de Sousa, sobre as gémeas luso-brasileiras.
Maria João Ruela ficou de perceber a situação das irmãs e perguntou se estas se encontravam em Portugal. O filho de Marcelo explicou que as crianças estavam em São Paulo, no Brasil, mas que estariam prontas para vir para Portugal para receber o tratamento com o medicamento Zolgensma.
Barulho de obras leva a interrupção de trabalhos na CPI
Maria João Ruela diz que filho de Marcelo se "queixou" ao chefe da Casa Civil da sua "inação"
Retomam os trabalhos na CPI. Maria João Ruela garante que nunca utilizou outro meio para entrar em contacto com Nuno Rebelo de Sousa. Conta que teve acesso ao contacto dos pais das meninas, mas que também nunca o chegou a utilizar.
Depois de considerar que tinha feito aquilo que estava dentro das suas possibilidades relativamente ao caso, voltou a receber um email do filho de Marcelo para saber em que termos tinha ficado o processo. A partir daí, decidiu perguntar a Frutuoso Melo o que deveria fazer e o filho do presidente continuou as conversações com o chefe da Casa Civil.
"O doutor Nuno Rebelo de Sousa queixou-se ao meu chefe daquilo como percecionou como inação da minha parte", diz.
"Achei que poderia ser útil”: Maria João Ruela diz ter pedido contacto dos pais das gémeas mas não o ter usado
Após insistência do deputado João Almeida, Maria João Ruela explicou que chegou a pedir o contacto dos pais das gémeas quando trocava emails com Nuno Rebelo de Sousa. "Achei que poderia ser útil ter o contacto. O meu principal objetivo era saber onde estavam as crianças", revelou.
A assessora garantiu que não chegou a contactar aquela família assim que recebeu a informação de que as meninas ainda não estavam em Portugal.
Maria João Ruela garante: “Desliguei-me deste processo ao fim de dois dias”
Maria João Ruela garantiu que não tinha relações anteriores com Nuno Rebelo de Sousa quando foi questionada acerca da forma como os emails estavam escritos. "Desliguei-me deste processo ao fim de dois dias", afirmou. "Faço muitos telefonemas todos os dias", vincou.
A assessora assegurou que não deu expectativas a Nuno Rebelo de Sousa de que iria agilizar o processo.
Confrontada pelos CDS e pelo PAN, Maria João Ruela descartou o "teor de aconselhamento" nos emails enviados a Nuno Rebelo de Sousa.
Maria João Ruela diz que caso das gémeas não teve excecionalidades e que recebeu a mesma atenção "que muitos outros"
Tal como o chefe da Casa Civil do PR, Maria João Ruela garantiu que o caso das gémeas não teve tratamento excecional e que recebeu a mesma atenção que muitos outros que trata enquanto assessora dos assuntos sociais.
"Não houve qualquer excecionalidade no tratamento deste caso. Fiz o que faço com muitos outros", referiu.
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