Líder da Iniciativa Liberal considera que os "os populismos, infelizmente, são característicos de ambos os extremos e não são exclusivos de um lado ou de outro".
A líder da Iniciativa Liberal (IL) elogiou esta sexta-feira a atribuição do prémio Nobel à venezuelana María Corina Machado, um "símbolo de luta contra regimes opressores" e contra o discurso populista de "pôr uns contra outros".
María Corina Machado "é um extraordinário símbolo de luta contra regimes opressores autocráticos, é a vitória da resistência pacífica, da luta pela liberdade, da luta pela democracia liberal e, portanto, deixa-nos obviamente muitíssimo satisfeitos que o Prémio Nobel tenha sido entregue" à ativista, que "é sem dúvida uma representante desta luta pela liberdade, pelos direitos humanos, pela dignidade", afirmou Mariana Leitão, à margem de uma ação de campanha para as eleições autárquicas de domingo.
Confrontada com a gestão do governo venezuelano, Mariana Leitão considera que os "os populismos, infelizmente, são característicos de ambos os extremos e não são exclusivos de um lado ou de outro".
"Aquilo que nós tentamos é exatamente combater, esse populismo, esses extremismos. A Iniciativa Liberal tem uma postura muito moderada, muito de luta pelos direitos humanos, de luta pela dignidade humana, pela democracia, pelos direitos humanos e, portanto, continuaremos sempre a fazer essa defesa", acrescentou.
Esta tarde, a IL apresentou um voto de congratulação pela atribuição do Prémio Nobel da Paz à ativista, por ser "um marco de enorme significado não apenas para a Venezuela, mas para todas as sociedades que enfrentam regimes autoritários e lutam pela liberdade, pelo Estado de direito e pela dignidade humana".
Na declaração de voto, a IL afirma que a Venezuela foi uma democracia e uma "sociedade vibrante", mas o "progressivo colapso institucional" , "acelerado sob o regime de Nicolás Maduro transformou o país num dos exemplos mais dramáticos de autoritarismo contemporâneo", com um "controlo político absoluto, a destruição das instituições democráticas, a manipulação eleitoral, a corrupção sistémica e a repressão violenta".
Hoje, a atribuição do Nobel "reconhece uma mulher que recusou o exílio e escolheu permanecer no seu país, mesmo sob ameaça constante, tornando-se símbolo de coragem para milhões de cidadãos que acreditam num futuro democrático para a Venezuela", através de "uma luta assente na não-violência, na mobilização popular, na unidade democrática e na recusa de legitimar a ditadura".
Para Mariana Leitão, a ativista "representa essa luta pacífica, uma resistência pacífica, ela própria que foi vítima de perseguições, de tentativas de silenciamento e situações do género que não são admissíveis em democracia".
"Aquilo que nós queremos é que a liberdade prevaleça sempre a liberdade individual de cada um de nós, inclusivamente, na política", disse, acusando a extrema-direita e extrema-esquerda de insistirem em "pôr uns contra os outros".
O Comité Nobel norueguês anunciou hoje que o Nobel da Paz 2025 foi atribuído à opositora venezuelana "pelo seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos do povo da Venezuela e pela sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia".
Nascida em 1967, na Venezuela, María Corina Machado é uma das principais vozes da oposição democrática ao regime de Nicolás Maduro, tendo sido candidata favorita à vitória nas eleições presidenciais de julho de 2024.
No entanto, foi impedida de concorrer quando, em janeiro de 2024, o Supremo Tribunal de Justiça, alinhado com o Governo de Maduro, a proibiu de ocupar cargos públicos durante 15 anos.
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