Líder do BE diz que se "notou" o facto de o Algarve ter deixado de ter "deputados à esquerda".
A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, traçou este sábado o objetivo de recuperar o mandato por Faro, que foi perdido nas últimas legislativas, considerando que se notou o efeito de o Algarve ter deixado "de ter deputados à esquerda".
Mariana Mortágua discursava num almoço comício em Boliqueime, distrito de Faro, e deixou claro no final da sua intervenção que o BE quer eleger o eurodeputado José Gusmão e assim recuperar o deputado que perdeu nas eleições de 2022.
"O Algarve deixou de ter deputados à esquerda nas últimas eleições e esse efeito notou-se. A representação parlamentar ficou mal entregue aos partidos do bloco central e ao Chega", criticou.
Considerando que os problemas da região se agravaram nestes anos e assegurando que o BE se manteve, mesmo sem deputado eleito, em todas as lutas pelo distrito, a coordenadora bloquista deixou evidente o objetivo de "voltar a ter um deputado do Bloco de Esquerda na Assembleia da República" eleito por Faro.
"Essa é a esquerda que vai constituir uma maioria social no país, que vai constituir uma maioria no parlamento para fazer a diferença, para ter as políticas que contam e o José Gusmão vai fazer parte dessa maioria que vai transformar este país no dia 10 de março", disse.
Recorrendo ao mote de campanha, Mortágua defendeu que esta maioria "vai fazer o que nunca foi feito".
dia foi dedicado a Faro, mas o arranque da manhã foi atribulado já que apesar da coordenadora do BE ter estado no ponto de encontro na barragem de Bravura, em Lagos, parte da comitiva de jornalistas não conseguiu chegar ao local, tendo as declarações sido feitas já junto ao restaurante onde decorreu este almoço comício, no restaurante o Museu - Cavacos Catering, em Boliqueime, Loulé.
Nessas primeiras declarações à comunicação social, a coordenadora do BE deixou evidentes as suas preocupações com a situação de seca na região, sendo a barragem escolhida umas das "mais afetadas pela seca".
"Este não é um problema do futuro, este é um problema do presente. Já há municípios a querer condicionar o acesso à água, a querer aumentar o preço da água. Sabemos que essa medida foi suspensa, resta-nos saber se foi só suspensa até às eleições e se depois das eleições outra decisão será tomada por estes municípios", alertou.
Para Mortágua, "não é penalizando os pequenos consumidores e penalizando os pequenos agricultores que é possível lutar contra a seca", referindo que há anos que associações do setor e o próprio BE "alertam para um problema grave de seca no país e gravíssimo de seca no Algarve".
"Aparentemente, há partidos políticos que preferem falar durante dez anos em projetos megalómanos que nunca se constroem, em vez de fazer o óbvio que é adaptar o turismo às condições de seca ou evitar a perda de água que acontece todos os anos em Portugal, em particular no Algarve. É também preciso apoiar a pequena agricultura", propôs.
Recordando os cortes da Política Agrícola Comum (PAC) aos pequenos agricultores, a coordenadora do BE avisou que "sem apoios à pequena agricultura, não é possível fazer uma transição agrícola que se adapte e que minimize os efeitos da seca".
"Quando a água é desviada para outros consumos, quando não há uma gestão eficiente da água, na realidade os primeiros a sofrer são os pequenos agricultores, aumentando depois o preço de todos os bens que são consumidos. Canalizar a água para utilização supérflua em turismo ou para produções destinadas à exportação e não para desenvolver a pequena agricultura, é um erro na gestão dos recursos", defendeu.
Mariana Mortágua quer ainda "limitar as formas como o turismo consome a água", dando como exemplo a possibilidade dos parques aquáticos da região funcionarem com água salgada e dos campos de golfe usarem águas residuais para a rega.
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