Candidato presidencial recusou comentar as críticas do primeiro-ministro à greve geral.
O candidato presidencial Luís Marques Mendes defendeu este sábado que todas as partes envolvidas na negociação das alterações à lei laboral devem ceder e considerou que a greve geral é "um percalço" no processo negocial.
"Isto é uma negociação a três, e uma boa negociação é quando todos cedem em função de um objetivo", afirmou o candidato, referindo-se a "Governo, sindicatos e entidades patronais".
Em declarações aos jornalistas durante uma ação de pré-campanha para as eleições presidenciais de 18 de janeiro, Luís Marques Mendes recusou comentar as palavras do primeiro-ministro, que defendeu na sexta-feira que a greve geral prevista para a próxima semana "não faz sentido" do ponto de vista dos trabalhadores e tem motivações políticas.
"A greve é legítima, os sindicatos têm o direito a fazer a greve. Vai criar transtornos às pessoas? Claro que vai. Mas a greve é legítima", defendeu o candidato a Belém.
O candidato, que é apoiado por PSD e CDS-PP, afirmou que "o mais importante é que mesmo depois da greve continue a haver negociação entre o Governo e a UGT e, evidentemente, as entidades patronais".
Marques Mendes apelou a que "não se fechem as portas" e considerou que "aquilo que nos últimos dias aconteceu é muitíssimo positivo".
"Não é muito, é muitíssimo positivo. É que Governo e UGT disseram de uma forma muito clara que estão disponíveis para, mesmo depois da greve, continuarem a negociar. Isso foi aquilo que eu sempre pedi e, por isso, estou satisfeito", afirmou.
"Há três semanas ou um mês o ambiente estava muito crispado entre o Governo e a UGT. Eu até sinto, digamos assim, a responsabilidade de ter contribuído um pouco para o desanuviamento da relação quando pedi publicamente várias vezes que o Governo desse mais atenção à UGT. Neste momento o ambiente está desanuviado e só posso estar satisfeito", sustentou.
Sobre os impactos que a greve geral de 11 de dezembro poderá ter, o antigo líder do PSD considerou que "uma greve cria sempre problema, e uma greve geral cria mais problemas que uma greve que não é geral", mas afirmou que os sindicatos "seguramente que ponderaram tudo isso".
"Para mim, o mais importante é que isto é um percalço num processo negocial, e o importante é que o processo negocial não fique em causa, que a seguir continue a haver diálogo social, negociação. E essa parte aparentemente está garantida", afirmou.
Sobre as alterações concretas que o Governo quer fazer, Marques Mendes ressalvou que "um Presidente da República só se pronuncia sobre uma lei quando ela está aprovada" e assinalou que atualmente "ainda só há um anteprojeto que, evidentemente, vai sofrer variadíssimas alterações".
"Neste momento não tenho opinião sobre esta proposta porque isso seria ruído. Eu só terei opinião quando a proposta se transformar em lei", assinalou.
Luís Marques Mendes visitou hoje, acompanhado de alguns dos seus netos, a Wonderland Lisboa, um mercado de Natal na zona do Parque Eduardo VII. Durante a visita foi cumprimentando e tirando fotografias com várias das pessoas com quem se cruzou, e algumas das quais desejaram-lhe boa sorte para dia 18 de janeiro.
Na ocasião, o candidato foi questionado também sobre saúde, e voltou a defender que o Governo deve apresentar resultados, nomeadamente quanto aos constrangimentos nas urgências ou a atribuição de médicos de família.
"O governo é que governa. O Presidente da República deve ser exigente e colaborante, colaborante para que a governação tenha resultados, seja com este governo ou qualquer outro, e exigente a pedir, de facto, resultados", afirmou.
"Acho que é importante começar a exigir resultados nos vários domínios, porque o governo já está há um ano e meio em funções, e porque as pessoas querem, de facto, melhoria da situação. A saúde é uma das maiores preocupações", salientou.
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