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Mexidas na bancada dividem o pós-eleições

Apoiantes de Santana querem que Hugo Soares mantenha lugar.

15 de janeiro de 2018 às 01:30

Os deputados do PSD estão divididos sobre o futuro da bancada parlamentar. Parte dos deputados que apoiaram Santana Lopes é contra mexidas e quer manter Hugo Soares como líder parlamentar. Já os apoiantes de Rui Rio antecipam alterações, a começar pelo líder.

Segundo apurou o CM, não é certo que Hugo Soares coloque o lugar à disposição, até porque foi eleito há seis meses com 86% dos votos. O deputado deverá aguardar pela reunião que terá com o novo presidente do partido – ainda não está marcada – para tomar uma decisão. O CM contactou Hugo Soares, que não quis falar.

Uma das deputadas que apoia a manutenção do atual líder parlamentar é Paula Teixeira da Cruz. A ex-ministra da Justiça diz ao CM que "o grupo parlamentar tem, do ponto de vista jurídico, independência e autonomia em relação ao partido". "Hugo Soares não tem de pôr o lugar à disposição", defende Paula Teixeira da Cruz, lembrando que "o trabalho do atual líder tem sido notável". "Não só não tem que haver mudança como se houver vai soar a divisão, que é tudo o que nós não precisamos." Costa Neves, apoiante de Santana, pede "cuidado" e "serenidade", já que "o grande desígnio de quem ganha é reunir".

Do outro lado, José Eduardo Martins foi o primeiro a pedir substituições. À TSF, o ex-deputado sugeriu o nome de Leitão Amaro como possível substituto de Soares. Outro deputado ouvido pelo CM diz que Marques Guedes é também uma hipótese para a sucessão, pois "é muito respeitado na bancada" e só não avançou após a saída de Luís Montenegro porque Passos Coelho não lhe pediu.

Ao CM, Leitão Amaro disse não prestar declarações por estar apenas concentrado na tragédia que afetou o concelho de onde é natural, Tondela. Entretanto, vários membros da direção da bancada puseram o lugar à disposição, como é o caso de Sérgio Azevedo e Amadeu Albergaria.

Emídio Guerreiro apontado para secretário-geral

Depois de Rui Rio ter dito que se fecha o ciclo do passismo no PSD, a atenção está nos novos órgãos sociais. O CM sabe que Emídio Guerreiro, ex-secretário de Estado do Desporto, é hipótese para secretário-geral. Salvador Malheiro, diretor de campanha do ex-autarca, deverá ser vice-presidente. Marcelo Rebelo de Sousa só receberá Rio em Belém após o congresso, a 19 de fevereiro.

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