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Miguel Pinto Luz diz que os transportes públicos são um investimento e não um custo

Ministro das Infraestruturas e da Habitação defende que se o investimento nos transportes públicos pode tornar-se um custo se for "mal aplicado".

05 de junho de 2025 às 13:09

O recém-nomeado ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, disse esta quinta-feira que a aplicação de capital nos transportes públicos é um investimento e não um custo, mas admitiu que "mal aplicado" pode tornar-se num custo.

"A pergunta que nos é colocada é se é um custo, se é um investimento, eu não tenho dúvidas que é um investimento", afirmou na conferência "Transportes públicos: custo ou investimento -- os benefícios do transporte público em discussão", promovida pelos Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa.

Todavia, Pinto Luz ressalvou que se mal aplicado esse investimento pode vir a tornar-se num custo.

"Se o pensarmos bem, estrategicamente, naturalmente será sempre rigorosamente um investimento, é um investimento no nosso futuro, é um investimento no nosso planeta [...] muitas vezes esse investimento é mal feito e torna-se um custo", afirmou o governante.

O ministro, que toma posse esta quinta-feira às 18h00, disse também querer um território justo, e utilizou a expressão "justiça territorial" ao invés de coesão territorial afirmando que não pretende a homogeneização do território.

"A coesão leva-nos para uma homogeneização do território, não é o que nós queremos, nós somos diferentes, os territórios são diferentes, as cidades são diferentes, as regiões são diferentes", afirmou Pinto Luz.

O governante disse ainda ser mais interessante cada região "desenvolver os seus modelos estratégicos" o que tornará "o país mais coeso".

"Por isso, a justiça social é algo muito mais interessante em termos de densidade conceptual, porque temos justiça ambiental, temos justiça social, temos justiça territorial, temos justiça humana, temos justiça económica, e é nessas dimensões todas, e em cada uma das regiões, poder desenvolver os seus modelos estratégicos, que tornam o país mais coeso", disse.

O segundo Governo liderado pelo primeiro-ministro Luís Montenegro terá 16 ministérios, menos um do que o anterior, e vai manter treze dos 17 ministros do executivo cessante.

A posse do XXV Governo Constitucional será esta quinta-feira às 18h00, 18 dias depois das eleições, o que constitui o processo mais rápido de formação de Governo nos mandatos presidenciais de Marcelo Rebelo de Sousa.

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