"Não podemos encher todos os dias a boca a dizer que temos de combater a interioridade e depois não conhecer as realidades", referiu Miguel Pinto Luz.
O ministro das Infraestruturas disse esta terça-feira que não quer um país com injustiça territorial, onde o Estado tem de fazer os investimentos necessários, sob pena de os territórios não poderem implementar os seus projetos de desenvolvimento.
"Não podemos encher todos os dias a boca a dizer que temos de combater a interioridade e depois não conhecer as realidades. Não queremos um país com injustiça territorial. Queremos um país em que todos os territórios possam implementar as suas estratégias de desenvolvimento", afirmou Miguel Pinto Luz, durante uma visita a Oleiros, no distrito de Castelo Branco.
O governante respondia a um pedido feito, minutos antes, pelo presidente da Câmara Municipal de Oleiros, Miguel Marques, sobre a urgência e a necessidade de o concelho ter uma nova ligação rodoviária a Castelo Branco.
"Sou testemunha em primeira mão daquilo que é o isolamento de Oleiros, por falta de investimento em infraestruturas críticas para o seu desenvolvimento. E não é só Oleiros. Há um interior esquecido em Portugal que sofre permanentemente com o isolamento e o envelhecimento demográfico. Estas duas dimensões só podem ser combatidas com mais infraestruturas", sustentou.
Contudo, o governante salientou que as dimensões da educação, da saúde publica, do investimento e crescimento económico têm de coexistir, sob pena destas infraestruturas "só virem a servir para acelerar a desertificação, o declínio demográfico ao invés de servirem para atrair ainda mais população".
"Não podemos ter uma visão compartimentada de infraestruturas, sem podermos desenvolver todos os outros planos para além das infraestruturas", sintetizou.
Miguel Pinto Luz disse ainda de forma muito clara que não pode andar, de norte a sul, "a fazer promessas vãs".
"Sabemos o caminho que temos de fazer. O que digo a todos os presidentes de Câmara e a todos os autarcas é que sem projetos não podemos avançar. Podemos estar a sonhar com estradas, com infraestruturas, mas sem projetos não podemos avançar", frisou.
O ministro salientou que a Infraestruturas de Portugal (IP) tem que, em primeiro lugar, projetar.
"A IP tem de fazer projetos de execução e, com estes prontos, definimos as prioridades para encontrar os financiamentos para executar as obras. Ora, sem projetos de execução, podemos todos sonhar constantemente, colocar verbas fictícias no Orçamento de Estado", alegou.
O governante adiantou então que já mandatou a IP para que "lance, o mais rapidamente possível", o concurso para o projeto de execução dessa infraestrutura rodoviária.
"Com o projeto nas mãos podemos perceber quanto é que custa e aí sim, encontrar fonte de financiamento para a execução, para a urgência que o senhor colocou e que é absolutamente gritante e da qual eu sou testemunha", afirmou.
O ministro realçou que num país tão pequeno "seria, no mínimo estúpido, que um governante não tirasse partido do todo o país em toda a sua plenitude para poder gerar riqueza".
"Isso seria até gestão danosa do território, nós não tirarmos partido de metade do país".
Já o autarca de Oleiros falou da urgência e da necessidade estruturante para o seu concelho em ter uma ligação rodoviária que não dificulte a vida aos empresários e habitantes de Oleiros e a todos aqueles que querem ali viver.
Miguel Marques entende que o "ideal" seria mesmo a construção de uma nova via rodoviária entre Oleiros e Castelo Branco.
Contudo, o autarca mostrou-se "realista" e pediu "urgência" para, pelo menos, a requalificação de um troço de 27 quilómetros na ligação entre Oleiros e Castelo Branco, cuja distância total é de 60 quilómetros.
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