A edição de hoje
Alegado acordo com Chega sobre lei dos estrangeiros irrita presidente do PSD.
"Eu não nasci aqui, não sou portuguesa de primeira, sou portuguesa de segunda, como vocês dizem". As palavras são da 'avó Maria', filha da descolonização, que vive no Bairro Cruz Vermelha, em Cascais ha quase 48 anos .
Mãe de nove filhos, veio de Angola, onde o pai "foi um grande político". Não tem duvidas que quem veio para Portugal veio dar um grande contributo ao país. "Nós somos portugueses viemos mostrar a este país como se trabalha", disse a mulher que é considerada a 'avó' de todos que vivem no bairro. As palavras da idosa foram proferidas a Luís Montenegro que se juntou ao candidato de Cascais à Câmara de Cascais no arranque da campanha rumo às autárquicas. A visita ao bairro aconteceu depois de obras de reabilitação e requalificação e no dia em que no Parlamento se debateu a lei dos estrangeiros. Ora, Montenegro que se juntou ao candidato de Cascais neste arranque de campanha ouviu atentamente a 'avó ' e visitou as obras do bairro.
Apesar da habitação ser o foco da viagem, o debate no parlamento não passou ao lado da campanha. Questionado sobre um alegado acordo entre o PSD e o Chega, Montenegro não confirmou. "Não desviem as atenções do essencial: está uma legislação em debate no Parlamento. O que os portugueses querem é saber se é aprovada ou não para termos um fluxo migratório regulado, sabendo integrar os que nos procuram e acabar com uma bandalheira que nos trouxe maia de 400 mil processo se legalização. Não insistam. Não confirmo nada", disse visivelmente irritado.
De Cascais, seguiu para Sintra onde visitou o centro de dia de Algueirão. Terminou o dia com um almoço com candidatos do distrito de Lisboa. Num restaurante com o Tejo como fundo, o presidente do PSD destacou a importância da coesão para o país alavancar. E não deixou de reforçar a importância da lei dos estrangeiros ter passado no Parlamento. "Na rua, para além do show off da política, o que tenho comprovado é que os que vêm por bem são os primeiros a dizer que esta política ajuda Portugal e aqueles que para cá vêm trabalhar ", deixou claro.
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