Primeiro-ministro português admitiu poderem existir novidades até ao próximo Conselho Europeu.
O primeiro-ministro defendeu esta sexta-feira que "é a segurança comum da Europa" que está em causa na construção de uma solução de paz "justa e duradoura" para a Ucrânia, admitindo que até ao próximo Conselho Europeu haja novidades.
No debate preparatório do próximo Conselho Europeu, agendado para 18 e 19 de dezembro de 2025, que tem o apoio financeiro à Ucrânia entre os temas, Luís Montenegro defendeu que esta reunião será uma das mais importantes para "o futuro da Europa nos próximos anos".
Em particular, sobre a Ucrânia, reiterou a posição portuguesa de "apoio no contexto político, militar e financeiro desde a primeira hora".
"É isso que continuamos a fazer com o propósito de podermos alcançar uma paz justa, duradoura e sustentável. Isso implica o envolvimento da Ucrânia nas decisões que dizem respeito à Ucrânia e implica também o envolvimento da Europa nas decisões que dizem respeito à Europa. Não temos dúvidas de que é também a nossa segurança comum que está em causa neste processo", avisou.
Montenegro saudou os esforços das últimas semanas que considerou poderem "conduzir mesmo a uma paz justa e duradoura".
"Tenho a certeza que, no âmbito do Conselho, poderemos ter ainda mais notícias e até lá muita coisa pode acontecer", disse, comprometendo-se a manter o parlamento informado se existirem "dados relevantes" até à reunião, dentro de duas semanas.
Na fase de perguntas, foi questionado pelo deputado do Livre Rui Tavares sobre as declarações de terça-feira do Presidente da Rússia Vladimir Putin - que disse que o seu país estava preparado para uma guerra com a Europa -, classificando-as como "uma provocação gratuita".
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, já tinha desvalorizado estas declarações, considerando-as uma "retórica de pressão" sobre a União Europeia pelo apoio que está a prestar à Ucrânia nos últimos anos.
Já o deputado do PS João Torres questionou Luís Montenegro sobre uma das opções em cima da mesa para financiar a Ucrânia - o acesso aos ativos russos congelados na Europa ---, que continua a enfrentar a oposição do executivo belga, mas o primeiro-ministro não respondeu em concreto a esta pergunta, salientando apenas a "grande convergência" entre Governo e PS quanto aos temas em discussão no Conselho Europeu.
O deputado do Chega, Ricardo Dias Pinto, considerou "confrangedor ver a União Europeia implorar por um lugar à mesa das negociações mais relevantes, como a da paz na Ucrânia, sem que o mundo lhe ouça sequer a voz".
Esta posição levou o primeiro-ministro a apontar contradições ao partido Chega, que tanto pede posições fortes e coesas na Europa, como defendem que Portugal não deve aceitar tudo o que vem da União Europeia.
"Estamos a falar da nossa segurança, também da sua, estamos a falar dos nossos valores, da nossa democracia, também da sua, que lhe permite estar aí sentado e que o povo português possa expressar a sua vontade política em eleições", frisou o chefe do Governo.
A deputada do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, defendeu que a Ucrânia "está hoje a saque", com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a fazer "um acordo com Putin, que é o invasor", e que "exclui a Ucrânia e a União Europeia".
"A União Europeia, perante este saque, diz sim senhor e ainda vai comprar milhares de milhões de euros em armas aos Estados Unidos", criticou, considerando que os 27 estão "a falhar todos os dias à Ucrânia no caminho para a paz e para a independência e autodeterminação".
Montenegro sublinhou que quer o Presidente, Volodymyr Zelensky, quer o povo ucraniano "agradecem e reconhecem o esforço da Europa, dos Estados-membros da União Europeia e particularmente de Portugal na ajuda à Ucrânia "para suster a invasão e agressão da Federação Russa".
Dirigindo-se à deputada bloquista, questionou: "Francamente, que situação e que circunstância é que se arroga para falar em nome da Ucrânia e dos ucranianos, quando os legítimos representantes falam de maneira completamente diferente?".
Mortágua também quis saber se Portugal vai propor no Conselho Europeu um perdão de dívida a Kiev, mas ficou sem resposta.
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