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Mortágua pede mobilização cívica e pressão ao Governo português

"Pedimos que se mobilizem, que acompanhem as mobilizações um pouco por todo o mundo para acabar com o genocídio e a impunidade de Israel", apela.

01 de outubro de 2025 às 22:34

A coordenadora nacional do Bloco de Esquerda apelou, num vídeo gravado antes da interceção da embarcação onde se encontrava em direção a Gaza, para que os portugueses se mobilizem e pressionem o Governo português a agir.

"Muito provavelmente, se estão a ver este vídeo, é porque fui levada contra a minha vontade para uma detenção pelas forças israelitas, agindo contra a lei internacional. Se for esse o caso, peço que contactem o governo português para que faça todos os esforços para garantir a libertação não só de mim própria, da Sofia Aparício e do Miguel Duarte, delegação portuguesa, mas todos os participantes desta missão", apelou Mariana Mortágua.

Este vídeo foi publicado na conta oficial da bloquista na rede social Instagram e, segundo o partido, foi gravado antes de a embarcação Adara, que integra a flotilha internacional e onde segue Mariana Mortágua, ter sido intercetada pelas autoridades israelitas esta noite.

"Pedimos que se mobilizem, que acompanhem as mobilizações um pouco por todo o mundo para acabar com o genocídio e a impunidade de Israel", apela ainda na publicação.

Entretanto, numa nota publicada no 'site' oficial da Presidência da República, o chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou esta quarta-feira ter confirmado junto do Governo que os portugueses detidos terão apoio consular da embaixada de Portugal em Israel.

"O Presidente da República confirmou junto do Governo que será assegurado, através da nossa Embaixada em Telavive, todo o apoio consular aos compatriotas detidos, como é de regra, e em particular quando implica titulares de órgãos de soberania, bem como todo o apoio ao regresso a Portugal", lê-se numa nota da Presidência da República.

Antes, num direto na rede social Instagram, Mariana Mortágua referiu, pelas 19:45 (hora portuguesa), que a embarcação onde seguia estava a ser intercetada por navios israelitas.

A deputada indicou de seguida que os israelitas pediram para falar com o capitão da embarcação, com o direto a terminar pouco depois.

A Flotilha Global Sumud também indicou no Instagram, pelas 19:43, que várias embarcações integradas na flotilha estavam a ser "ilegalmente intercetadas".

"As câmaras [das embarcações] estão offline e militares israelitas estão a aceder às embarcações. Estamos ativamente a trabalhar para confirmar a segurança e o estado de todos os ativistas a bordo", relatou a mesma fonte.

A flotilha, composta por cerca de 50 embarcações (incluindo uma com bandeira portuguesa), partiu de Espanha com o objetivo de romper o bloqueio israelita e entregar mantimentos à Faixa de Gaza, iniciativa rejeitada por Telavive que argumenta que a ação é apoiada pelo grupo extremista palestiniano Hamas.

Três portugueses -- a líder bloquista, Mariana Mortágua, o ativista Miguel Duarte e a atriz Sofia Aparício -- integram a Flotilha Global Sumud, que foi intercetada por navios israelitas quando se encontrava a cerca de 80 milhas náuticas de Gaza.

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