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"Não tem havido proatividade do Governo": André Ventura sobre o OE2025

Líder do Chega reagiu ainda ao sismo que foi sentido por todo o país.

26 de agosto de 2024 às 18:47

André Ventura, líder parlamentar do Chega, afirmou que o partido não aprovará o Orçamento de Estado de 2025 se o Governo não estiver aberto às propostas do partido, referindo-se à realização de um referendo sobre a imigração e ao reforço do controlo das fronteiras. 

"Este referendo é uma das condições importantes para a aprovação do orçamento. Veremos depois em que medida ele é decisivo ou não. Obviamente, o controlo de fronteiras, o controlo de migrações não se esgota no referendo e há questões que o Governo pode e deve começar a fazer em matéria de controlo de fronteiras", afirmou, em declarações aos jornalistas, quando visitava a Feira Agrícola do Vale do Sousa, em Penafiel, no distrito do Porto.

O dirigente do Chega acrescentou: "O tempo está começar a escassear para se chegar a um ponto de entendimento. Espero que o Governo, depois de ter sido arrogante com os seus adversários, depois de não ter olhado para economia, para quem verdadeiramente trabalha, não venha em outubro dizer que não nos deixam trabalhar".

O deputado considerou que "não tem havido proatividade do Governo" e, se assim continuar, "revela, ou que já há um acordo com o PS" ou que não há esforço para que o "orçamento seja aprovado".

Reconhecendo que "o país não merece, nem precisa de uma nova crise política", André Ventura avançou aos jornalistas uma explicação para a postura do Governo: "Ou já há um acordo o PS e nós não sabemos, ou o Governo não está empenhado em ter um Orçamento do Estado aprovado, porque quer provocar eleições e uma crise política".

Para o líder do Chega, as duas situações são más.

"Se houver um acordo com o PS significa que o Governo vai ceder à lógica fiscal e orçamental do Partido Socialista que nos trouxe até ao ponto em que estamos. Se Luís Montenegro fizer um acordo com Pedro Nuno Santos, nós já sabemos onde é que isto vai dar: mais subsídios, IRC elevado, taxas sobre o gasóleo e o carbono elevadas para pagar a subsidiação", anotou.

André Ventura reafirmou que o seu partido já deixou claro quais são as condições para a aprovação do orçamento, recordando que não basta uma abstenção do Chega, é preciso um voto favorável.

"Por isso, é preciso que haja uma negociação e que o Governo aceite essa negociação. Da nossa parte, os dados estão em cima a mesa", disse.

Ainda sobre o referendo, Ventura referiu que o partido decidiu constituir uma delegação, encabeçada pelo líder parlamentar Pedro Pinto, para iniciar conversas formais com o PSD para se chegar a um possível entendimento.

Ventura anotou, porém, que o Chega não vai abdicar do referendo, quer o PSD aceite ou não.

"O Chega levará a discussão no plenário a proposta de referendo logo que seja possível agendá-la nos primeiros dias de setembro", avançou.

O deputado falou ainda sobre o sismo que foi sentido, esta segunda-feira, em Portugal. "Houve falhas de comunicação no site da proteção civil e do Governo" considerou André Ventura. O deputado acrescentou que "as áreas afetadas deviam receber informação mesmo que fosse a meio da noite".

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