Candidato desvalorizou as críticas e ações da própria ao Governo de Passos Coelho.
1 / 3
O candidato a líder parlamentar social-democrata Fernando Negrão defendeu este domingo que Elina Fraga pode dar um contributo ao partido na área da justiça e argumentou que enquanto bastonária dos Advogados fez "o que entendeu melhor" para a classe.
"Passamos a vida a dizer que os partidos têm as mesmas caras, as mesmas pessoas e depois quando vem alguém de novo há sempre um ruído de fundo terrível contra as pessoas. Foi uma escolha do doutor Rui Rio, de alguém que vem da sociedade civil, que traz um 'apport' novo para discutir as questões da justiça", defendeu Fernando Negrão.
À entrada do 37.º Congresso do PSD, que termina este domingo, em Lisboa, Fernando Negrão desvalorizou as críticas e ações de Elina Fraga ao Governo de Pedro Passos Coelho e à então ministra da Justiça Paula Teixeira da Cruz, que encarou a escolha de Rui Rio da antiga bastonária dos advogados para vice-presidente como "uma traição".
Em 2014, Elina Fraga apresentou queixa-crime junto da Procuradoria-Geral da República contra os ministros do executivo de Passos Coelho devido ao mapa judiciário. A queixa visava todos os membros do Executivo PSD/CDS, incluindo Paula Teixeira da Cruz, que estiveram na reunião do Conselho de Ministros em que foi aprovado o mapa judiciário.
Confrontado com a crítica de Paula Teixeira da Cruz, Negrão respondeu: "Há sempre problemas - problemas no bom sentido, porque se trabalha em conjunto - entre a Ordem dos Advogados e os deputados, principalmente aqueles que estão na primeira comissão, onde esses assuntos se tratam".
"A doutora Elina Fraga exerceu essas funções e, portanto, no exercício dessas funções fez o que entendeu melhor para a Ordem e para a classe que representava. Agora está noutra qualidade e, nessa outra qualidade, as coisas serão certamente diferentes", defendeu.
Para Fernando Negrão, Elina Fraga pode trazer contributos à discussão sobre justiça, ressalvando que a independência das magistraturas é intocável.
"Não queremos uma discussão da justiça mais completa, com mais argumentos, com perspetivas diferentes? Achamos que queremos todos, mas há uma coisa que é fundamental e deve ser preservada, que é a independência das magistraturas e dos magistrados. Aí não se pode tocar, à volta disso há tanta coisa para fazer e tanta coisa para mudar, em nome de uma melhor justiça", argumentou.
Questionado sobre a saída de Luís Montenegro do parlamento, Negrão disse encarar a decisão como "uma opção política e pessoal" do antigo líder parlamentar, apesar de lamentar deixar de contar com "um grande deputado", que foi "um grande líder da bancada.
"Sabemos que, apesar de deixar o lugar de deputado, continua a fazer o seu trabalho político, agora nos meios de comunicação social", afirmou.
O candidato à liderança da bancada parlamentar do PSD disse ainda ter gostado do discurso de Pedro Santana Lopes no sábado: "Vimos a entrada do doutor Rui Rio e do doutor Santana Lopes no Congresso, vieram juntos, elaboraram as listas juntos. Obviamente, que o discurso do doutor Pedro Santana Lopes foi um corolário disso, no apelo à união e coesão do partido".
"Todos os militantes do PSD têm a noção que é o importante não é que o PSD seja notícia, o importante é que as propostas para a sociedade portuguesa sejam notícia", sustentou.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.