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Novo ministro da Ciência "tem capacidade para poder agir"

O vice-presidente do SNESup, Gonçalo Velho, diz que o novo ministro "conhece o ministério".

25 de novembro de 2015 às 16:58

O Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup) considerou esta quarta-feira que o novo ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior "tem capacidade suficiente para poder agir" sobre os problemas do setor, como precariedade laboral e falta de financiamento.

"Estamos certos que o professor Manuel Heitor tem capacidade suficiente para poder agir", disse à Lusa o vice-presidente do SNESup, Gonçalo Velho, assinalando que o docente do Instituto Superior Técnico, em Lisboa, "conhece o ministério".

Manuel Heitor, nome escolhido pelo primeiro-ministro indigitado, António Costa, para ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, assumiu estas pastas enquanto secretário de Estado, de março de 2005 a junho de 2011, quando era ministro da tutela Mariano Gago, que morreu em abril, considerado por muitos o grande impulsionador da ciência em Portugal.

Para o dirigente do SNESup, não basta ao novo ministro ter "a capacidade de transformar aquilo que era o legado de Mariano Gago, do ponto de vista da investigação e do ensino superior", mas também "dar estabilidade aos docentes e investigadores".

Para Gonçalo Velho, há problemas que urge resolver, como a precariedade laboral de professores universitários e cientistas, os "graves constrangimentos orçamentais" de universidades e centros de investigação e o envelhecimento do corpo docente nas instituições de ensino superior.

No livro "40 anos de políticas de ciência e de ensino superior", uma antologia que coorganizou com a ex-ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues, lançada em julho, Manuel Heitor sustenta que "a qualidade do ensino superior e da ciência depende da qualidade das políticas públicas", pelo que, assinalou então à Lusa, "o futuro precisa de novas políticas públicas".

O investigador entende que "as políticas públicas orientadas para o aumento da despesa privada em investigação e desenvolvimento têm de passar necessariamente pelo aumento da despesa pública", visando, designadamente, a promoção do emprego científico, dentro e fora de empresas, "em associação a áreas de grandes investimentos públicos e privados".

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