Nuno Melo foi interrogado sobre se a disponibilidade da Força Aérea para auxiliar missões de emergência médica, algo que já aconteceu este verão.
O ministro da Defesa Nacional assegurou esta quinta-feira que a Força Aérea tem disponibilidade para auxiliar a emergência médica se tal for necessário, cumprindo as missões atuais, e espera que a polémica dos Black Hawk não prejudique este investimento.
"Não me passaria pela cabeça, como ministro da Defesa Nacional, promover uma aquisição destes equipamentos e avançar para mais esta missão militar de apoio à população civil, sem que a Força Aérea antecipadamente garantisse que não só tem disponibilidade para o fazer, tem vontade para o fazer, mas também tem militares disponíveis para o assegurar", afirmou Nuno Melo.
Em declarações à agência Lusa, à margem da abertura solene do ano académico do Instituto da Defesa Nacional (IDN), em Lisboa, Nuno Melo foi interrogado sobre se a disponibilidade da Força Aérea para auxiliar missões de emergência médica, algo que já aconteceu este verão, através da compra de quatro novos Black Hawk não poderá sobrecarregar o ramo.
Nuno Melo rejeitou que tal vá acontecer e voltou a defender a opção do executivo PSD/CDS-PP, que deverá rondar os 32 milhões de euros, através de fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com cada unidade a custar oito milhões.
O ministro e também presidente do CDS-PP salientou que "este investimento é feito a pensar no que a Força Aérea pode fazer numa base que é complementar" e que o ramo "não pretende ser o vetor da emergência médica em Portugal".
"A emergência médica tem uma determinada configuração e desenho que decorre de um quadro normativo", referiu, insistindo que os meios estarão à disposição caso sejam necessários.
Numa altura em que se tem debatido publicamente a adequabilidade destes meios para missões de emergência médica, o governante disse esperar "que essa deriva, na base dessa espuma dos dias, politiqueira, que tem agenda, não vá prejudicar um projeto que se mede por vidas que se podem salvar".
Sobre outros usos que os Black Hawk podem ter, além do auxílio à emergência médica, Nuno Melo referiu que a Força Aérea já recebeu cinco de um total de nove (que com este investimento passarão a ser 13) e salientou que estas aeronaves "vão estar empenhadas diretamente no combate aos fogos" ou noutras operações militares de apoio à população civil.
O ministro argumentou que "adquirir uma aeronave implica formar pilotos, comprar peças, adaptar infraestruturas" e que quando o executivo opta por adquirir mais quatro Black Hawk está a poupar recursos, uma vez que já tem infraestruturas, peças e pilotos formados.
"E eu pergunto: alguém lúcido não deseja que o Estado tenha meios que possam valer às pessoas em caso de necessidade? O que é que preferem alguns, nomeadamente os que hoje contestam? É que na iminência de uma falha, ou na existência de uma falha, quando é preciso, o Estado não possa fazer coisa nenhuma?", questionou.
Interrogado sobre o programa que vai assinalar os 50 anos do 25 de Novembro de 1975, assinalados este mês e que está a ser organizado por uma comissão presidida pelo tenente-general Alípio Tomé Pinto, Nuno Melo adiantou que as iniciativas têm início este mês e vão estender-se até meados do próximo ano.
Esse "conjunto de iniciativas", acrescentou, passará por cerimónias militares, por 'podcasts', um documentário e edição de livros, com testemunhos e depoimentos que ainda estão a ser recolhidos.
Na sua intervenção na abertura solene do ano letivo do IDN, Nuno Melo realçou que o contexto geopolítico tornou o investimento em Defesa num "imperativo", e "como a Europa não quer e não pode ficar entre a potência e a impotência, os europeus decidiram apostar no reforço das capacidades de Defesa num processo em que Portugal está a fazer a sua parte".
"A saúde é absolutamente fundamental, a habitação naturalmente, o país tem que ter educação, tem que ter indústria, mas também tem que ter segurança e tem de ter Defesa, que são, eu diria, a base de tudo. Sem segurança e Defesa, tudo o resto corre o risco de colapsar", argumentou.
O ministro argumentou que "adquirir uma aeronave implica formar pilotos, comprar peças, adaptar infraestruturas" e que quando o executivo opta por adquirir mais quatro Black Hawk está a poupar recursos, uma vez que já tem infraestruturas, peças e pilotos formados.
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