Inês Sousa Real alertou, no entanto, que "tudo está em aberto na especialidade".
O PAN justificou esta quinta-feira a abstenção na votação do Orçamento do Estado para 2023 alegando que "sair da mesa das negociações" seria "virar as costas ao país", mas alertou que não vai passar "cheques em branco".
"O PAN vai abster-se na generalidade pois, neste contexto de grave inflação e de perda de rendimento das famílias, sair da mesa das negociações nesta fase de discussão seria virar as costas ao país, e não o fizemos no passado e não o faremos no presente", afirmou a deputada única do PAN no encerramento do debate na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, na Assembleia da República.
Inês Sousa Real alertou, no entanto, que "tudo está em aberto na especialidade".
"Não passamos cheques em branco e não teremos pejo em alterar o sentido de voto perante retrocessos que sejam a favor do lóbi da tauromaquia ou ao invés da verdadeira cultura, ou do baronato da caça, dos interesses instalados da banca, dos grandes poluentes ou de focos de corrupção", salientou.
A líder do PAN admitiu votar contra na votação final global se, na especialidade, forem chumbadas propostas que representem "um alívio no orçamento das famílias, mais igualdade, que resgatassem quem está em situação de pobreza ou que garantissem a proteção animal ou o combate à crise climática".
"Não aceitaremos um orçamento de asfixia, seja ela social, ambiental ou da empatia", assinalou, apontando que "este não é o orçamento que o PAN apresentaria".
Na especialidade, "esta Assembleia tem a possibilidade mas tem também, acima de tudo, o dever de agir para travar a perda de rendimentos, promover a transição para uma economia verde e garantir o respeito pela vida animal", defendeu Inês Sousa Real.
E considerou que a proposta do Governo "continua a ter as mãos largas para benefícios e borlas fiscais de quem mais polui e lucra, e fica de mão fechada para com as pequenas e médias empresas que tentam sobreviver, mesmo que tenham boas práticas sociais e ambientais, assim como para com as famílias".
"Um orçamento de contas certas não pode aceitar como uma inevitabilidade a perda de rendimentos das famílias e das empresas, assim como os diferentes desafios que temos pela frente, seja a crise climática, perda de biodiversidade ou a justiça intergeracional", defendeu.
O PAN quer que, aquando da votação final global, este seja um orçamento que "dê a mão às famílias e acolha medidas como o alargamento da tarifa social da energia e do gás", e que inclua a "restituição em sede do IRS de uma parte dos juros do crédito à habitação ou a redução da taxa de IRS para a classe média".
"Mas queremos também um orçamento que não tenha a mão fechada para a proteção animal e a preservação da biodiversidade", defendeu a porta-voz do PAN, propondo a "redução do IVA para 6% na alimentação animal e serviços médico-veterinários e uma linha de apoio extraordinário para as associações de proteção animal".
O Orçamento do Estado para 2023 tem ainda de "meter as mãos à obra no que diz respeito ao combate à crise climática" e ser "um ponto de rotura com a economia fóssil", acrescentou Inês Sousa Real.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.