António Doce foi morto enquanto estava a auxiliar uma mulher vítima de violência doméstica.
A Assembleia da República aprovou esta sexta-feira um voto de pesar pela morte do agente da PSP de 45 anos que morreu na madrugada de domingo, em Évora, depois de auxiliar uma mulher vítima de violência doméstica.
O voto, subscrito por todos os partidos e deputados, foi aprovado por unanimidade e, além de manifestar pesar pela morte do agente, "enaltece e louva o seu profundo sentido de missão".
Os deputados expressam também "condolências, respeito e solidariedade aos seus familiares, amigos, colegas de profissão da Polícia de Segurança Pública e aos Comandos Nacional e Distrital daquela força de segurança".
O agente da PSP, de 45 anos, morreu na madrugada de domingo, às 00:54, no Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), horas depois de ser atropelado por uma viatura alegadamente conduzida por um homem suspeito de agressões contra a companheira.
De acordo com a PSP, o agente do Comando Distrital de Évora da Polícia não estava de serviço, no sábado, mas, às 21:45, no Rossio de São Brás, interveio numa situação de violência doméstica, acabando por ser atropelado pelo alegado agressor.
Os deputados salientam que o agente não estava em serviço na altura, mas a sua ação "dignificou a farda que não vestia".
"Representando um Estado que não ignora as vítimas de violência e as pessoas em situação de vulnerabilidade, e demonstrando igualmente um sentido de missão exemplar, permanente e merecedora, por isso mesmo, do reconhecimento da Assembleia da República, perante a evidência do elevado risco que envolve o desempenho da sua missão por parte de todos os profissionais das forças de segurança e os inerentes riscos imponderáveis para a sua integridade física e para a sua própria vida", realçam.
Lamentando que a violência doméstica, "apesar de todos os avanços", ainda "continua a ter elevada incidência", sendo que "só este ano já morreram 20 pessoas vítimas", o parlamento assinala que esta situação poderia ter tido o mesmo desfecho, não fosse "o gesto do agente da Esquadra de Trânsito de Évora", que agiu "em detrimento da sua própria vida, contrariando corajosamente a ainda existente desvalorização da violência contra as mulheres".
O suspeito é um guarda prisional, de 52 anos, que terá fugido e foi intercetado mais tarde pela GNR, já no concelho de Sintra (Lisboa), segundo disse o Comando Nacional da PSP, em comunicado divulgado no domingo.
Presente pela Polícia Judiciária a um juiz de Instrução Criminal, na segunda-feira, em Évora, foi-lhe aplicada a medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva.
O suspeito "está indiciado da prática de três crimes", mais precisamente "homicídio qualificado, violência doméstica e ofensas à integridade física", estando a aguardar o desenrolar do processo judicial no Estabelecimento Prisional de Évora.
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