Alvo de contestação, admite que prefere perder eleições a prometer tudo.
"De costas direitas e com a cabeça levantada." Foi assim que o primeiro-ministro respondeu ontem às críticas dos portugueses, após um almoço no Quartel dos Bombeiros de Paço de Arcos, Oeiras.
Minutos antes, o líder da coligação Portugal à Frente, foi confrontado por uma reformada da Função Pública, que esperou o chefe de Governo mais de uma hora para exigir o fim dos cortes nas pensões. Ao ataque, o líder do PSD tentou responder: "Já não há cortes nas pensões", mas Augusta, "reformada por doença" e diabética, não desarmou. "Fui obrigada a pagar IRS com uma pensão de miséria", queixou-se, sem esquecer o aumento das taxas moderadoras e a descida na comparticipação dos medicamentos.
Passos defendeu-se com a "herança do PS" e com a isenção das taxas para os doentes crónicos, mas não convenceu a pensionista que até defendeu José Sócrates, ex-governante e detido em prisão domiciliária: "Não é um bicho mau e não pode pagar por tudo." Passos ouviu e seguiu para a Margem Sul do Tejo, onde visitou duas empresas líderes de mercado: de transformação de bacalhau e a Siderurgia Nacional. No rescaldo da manhã, o líder da coligação assumiu a estratégia: "Prefiro perder as eleições do que ganhar de qualquer maneira e depois passar uma fatura demasiado cara aos portugueses." O recado ao PS estava dado perante o olhar silencioso dos elementos da coligação. Sobre a possível isenção de taxas na justiça, Passos lembrou que nenhum cidadão está impedido de recorrer à justiça por falta de dinheiro e que existem mecanismos de apoio judiciário.Veja o Especial CM sobre as eleições legislativas.
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