A edição de hoje
Segundo o presidente do PSD, os outros não estão.
O presidente dos sociais-democratas afirmou esta sexta-feira que a coligação PSD/CDS-PP está disponível para a "construção de soluções", mas advertiu que outros não estão, para dramatizar a necessidade de uma maioria parlamentar que evite uma crise política.
Num almoço de campanha da coligação Portugal à Frente, no Mercado da Vila, em Cascais, Pedro Passos Coelho voltou a alegar que pode haver um Governo contrário à escolha dos eleitores, e defendeu que "deve governar quem ganhar as eleições".
Por outro lado, no mesmo dia em que não excluiu a possibilidade de PSD e CDS-PP formarem uma bancada conjunta, neste almoço Passos Coelho desvalorizou a questão da organização parlamentar dos dois partidos: "Haverá alguma dúvida sobre o que faremos com os deputados que eles nos vierem a eleger no domingo? Eu acho que não".
"Nós estaremos nos próximos quatro anos, como estivemos nestes quatro anos últimos, disponíveis para dialogar, para chegar a compromissos com todos aqueles que sabem pôr as diferenças partidárias ideológicas de lado para pôr à frente o interesse de Portugal", afirmou o presidente do PSD.
Passos garante progresso social, económico e político
Reiterando o apelo aos socialistas para uma reforma conjunta da Segurança Social, Passos Coelho acrescentou: "A nossa atitude é de construção de soluções e de compromissos para o nosso país, mas na campanha ficou muito claro que há quem não tenha o mesmo espírito".
Numa alusão ao secretário-geral do PS, António Costa, o presidente do PSD referiu que há quem já tenha avisado que, "se esta coligação não tiver maioria no parlamento, o orçamento não passará, o Programa do Governo não passará".
Segundo Passos Coelho, nesse caso, haveria uma conjuntura de "crise política, instabilidade económica, retrocesso social", o que "seria uma dor de alma", depois dos sacrifícios dos últimos quatro anos, e significaria "desperdiçar os próximos anos".
"Porque haveremos de desperdiçar a oportunidade de usar todos os resultados que alcançámos e as nossas energias para futuro para andar à procura de governos que não se entendem, quando temos um Governo que se entende, que funciona e que entrega aos portugueses os resultados que são precisos?", questionou, em seguida.
Se a coligação PSD/CDS-PP ganhar as legislativas do próximo domingo, haverá "não apenas estabilidade" em Portugal, "mas também progresso social, económico e político", prometeu.
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