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"Não há nenhuma vantagem" nas Parcerias Público-Privadas na Saúde, afirma Paulo Raimundo em entrevista à CMTV

Líderes dos principais partidos com assento parlamentar vão ser entrevistados na CMTV no âmbito das eleições legislativas marcadas para 18 de maio.

24 de abril de 2025 às 20:22

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, foi, esta quinta-feira, entrevistado no 'Grande Jornal da Noite' da CMTV e começou por falar sobre a crise habitacional sentida em Portugal, "problema que afeta parte significativa da população".

Segundo o líder do Partido Comunista de Portugal, a Habitação "não deve ser olhada como um negócio, mas como um direito a consagrar", pelo que é necessário construir mais casas.

A gestão da habitação está "nas mãos da banca e dos fundos imobiliários" e as medidas do Governo não mudaram nada nem fizeram baixar os preços das casas, argumenta Paulo Raimundo, defendendo que "1% do PIB deve ser para a habitação".

Paulo Raimundo frisou que o problema da Habitação "não se resolve num dia" e que "é preciso chamar a banca e os fundos imobiliários a contribuir". Acrescentou que são necessárias respostas imediatas e a médio e longo-prazo.

"De que servem as contas certas se as contas não estiverem certas com a vida das pessoas?", questionou o comunista.

Relativamente à imigração, Paulo Raimundo defendeu que se "tem de saber quem cá está [Portugal] e que todos devem estar regularizados". Para o comunista foi um erro fechar o SEF.

"São precisos muitos imigrantes. Todos são bem-vindos. Fomos contrários à extinção do SEF", disse em entrevista à CMTV.

A crise na Saúde foi tema na entrevista, sendo que, para o secretário-geral do PCP, a questão mais preocupante é a falta de médicos e outros profissionais no sistema que precisa "de uma reforma profunda, até do ponto de vista da sua gestão". Raimundo defende que é preciso fixar os médicos que existem, apostando na valorização salarial e de carreira dos mesmos. Para o comunista, se os profissionais puderem optar vão "optar pelo Serviço Nacional de Saúde". 

O comunista afirmou que "não há nenhuma vantagem" nas Parcerias Público-Privadas na Saúde.

Sobre as pensões, Raimundo vincou que "não há nenhuma necessidade de trabalhar até aos 80 anos com esta evolução tecnológica" e que "40 anos de trabalho são suficientes para se reformar sem penalização".

"Temos de trabalhar menos para ter mais tempo para viver. Os que trabalharam uma vida inteira têm direito a ter uma vida digna no final das suas vidas", disse.

Para o salário mínimo nacional, os comunistas propõem 1000 euros.

Os líderes dos principais partidos com assento parlamentar vão ser entrevistados individualmente na CMTV no âmbito das eleições legislativas marcadas para 18 de maio.

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