Líder do PCP afirmou ainda que o próximo OE servirá os financiadores do Chega.
O secretário-geral do PCP ironizou esta quinta-feira sobre a "abstenção exigente" do PS no Orçamento do Estado, afirmando que a posição dos socialistas se traduz numa "viabilização profundamente comprometida" com a proposta do Governo.
"A resposta aos problemas dos trabalhadores e do povo não se alcança nem por calculismos de uns, nem pela deriva reacionária de outros. E, relativamente ao PS, no seguimento do que já tinha acontecido no ano passado, vamos ter agora a chamada 'abstenção exigente'. Ou seja, que é o mesmo que dizer a viabilização profundamente comprometida. A tradução da abstenção exigente é a viabilização profundamente comprometida com esta política", atirou.
A posição foi assumida pelo líder do PCP, Paulo Raimundo, na intervenção que encerrou uma sessão pública, na sede do partido, em Lisboa, sob o tema "O Orçamento do Estado, a política do Governo e a situação do país".
Paulo Raimundo defendeu que, com a proposta orçamental para o próximo ano, está em causa a continuidade de uma "política de injustiça", de maior precariedade e "desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS)", acrescentando que "viabilizar este orçamento é viabilizar uma peça desta política" e dar cobertura às opções do Governo.
"Não há ilusões. Ninguém se deixa iludir. Viabilizar este orçamento é dar espaço a essa política e essa política que não serve os interesses do país, não serve o interesse dos trabalhadores. Não serve o interesse daqueles que trabalharam a vida inteira", criticou.
O líder do PCP afirmou ainda que o próximo OE servirá os financiadores do Chega, afirmando que, por isso, só se pode esperar demagogia, mentiras e "venda da banha da cobra" do partido de André Ventura na discussão orçamental.
Para Paulo Raimundo, o Chega e a Iniciativa Liberal têm um compromisso "evidente" com este orçamento porque "não podia ser de outra maneira", antevendo apenas para o debate orçamental um "teatro extraordinário" em que as duas forças políticas "vão procurar iludir" com "manobras" para "fingir uma oposição que não existe".
O secretário-geral comunista afirmou que, "perante um país preso por arames" com níveis de pobreza a crescer, urgências encerradas, falta de professores e crise na habitação, a "palavra de ordem dos que viabilizam esta política é 'o país que se lixe'", enquanto se defendem os interesses dos que "se acham donos disto tudo".
"O país não se pode lixar, a nossa vida não se pode lixar e portanto, perante esta palavra de ordem de 'que se lixe o país', nós dizemos: não, este país é para resistir, este país é para cá viver com uma vida melhor, a que todos temos direito", frisou.
O líder do PCP lamentou ainda o que disse ser a transformação do "excedente orçamental numa espécie de novo dogma da política nacional", afirmando que o que está em causa é uma "grande vigarice" que agrava os problemas do presente e do futuro.
Para Raimundo, o equilíbrio das contas públicas, tal como a dívida, "só é possível construir e alargar através do aumento da riqueza" a partir de uma maior aposta na produção nacional e na justiça fiscal.
"Não há outro caminho. Nós temos tido este caminho de aperto, de destruição do aparelho produtivo e as consequências estão à vista. Está mais do que visto, está mais do que certo, que este é o caminho errado, o caminho tem de ser outro", afirmou.
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