João Oliveira descreveu o estado da nação como "o da esperança que foi devolvida com a recuperação de direitos e rendimentos".
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O líder parlamentar do PCP sublinhou que o PS não quis ir mais longe, ao analisar a atual legislatura, a propósito do debate sobre o estado da nação, marcado para quarta-feira, na Assembleia da República.
Em entrevista à Lusa, João Oliveira descreveu o estado da nação como "o da esperança que foi devolvida com a recuperação de direitos e rendimentos, mas ainda assim com um caminho que devia ter ido mais longe para que a resposta aos problemas do país fosse outra e houvesse uma correspondência maior com aquilo que eram as aspirações e anseios do povo português e as próprias necessidades do país".
"É hoje muito evidente que, se não se fez esse caminho mais avançado, mais decidido, na resposta aos problemas do país, com uma verdadeira política alternativa, não foi por falta da força do PCP e de 'Os Verdes', por falta de propostas ou dos votos dos deputados do PCP e de 'Os Verdes'. Foi porque o PS fez opções contrárias, recusando muitas propostas e posições que fomos assumindo e trazendo à discussão na Assembleia da República, que poderiam ter dado uma resposta mais desenvolvida e decidida aos problemas do país", disse.
Como negativo, nos últimos quatro anos, o deputado comunista destacou, "neste final de legislatura, a sucessão de situações" de "processos legislativos a ficarem pelo caminho ou medidas que era preciso serem tomadas para resolver problemas concretos de reposição de direitos ou avanços que era preciso conquistar e que foram ficando pelo caminho porque as opções que o PS foi fazendo são as velhas convergências e entendimentos à direita, com o PSD e o CDS, em vez dos entendimentos à esquerda que permitiriam esses avanços".
O presidente da bancada do PCP citou a legislação laboral, a Lei de Bases da Saúde ou a reposição do direito à progressão na carreira dos professores como exemplos de legislação que foi sendo colocada de parte ou em que o PS se colou à direita.
"Talvez pelo caráter simbólico, verdadeiramente, que teve na abertura de um caminho que foi sendo trilhado com um conjunto de outras medidas, diria que a justiça na reparação dos prejuízos que os trabalhadores e suas famílias das minas de urânio da Urgeiriça sofreram ao longo das suas vidas e a aprovação, pela primeira vez, de uma lei na Assembleia da República, depois de termos andado anos e anos a insistir na solução para aquele problema", descreveu como um momento alto da legislatura.
Em relação a uma possível reedição do entendimento com o PS, após as legislativas de outubro, João Oliveira não se comprometeu nem enjeitou tal opção: "a solução política que vai ser encontrada nas próximas eleições, naturalmente, depende das opções que forem feitas pelos portugueses e da força que entenderem dar a cada força política e o número de deputados que querem eleger na Assembleia da República".
"Estes quatro anos mostraram de uma forma muito evidente não apenas na construção da solução política, mas nas muitas medidas positivas que resultam das decisões que foram sendo tomadas, os portugueses confirmam que a força que dão à CDU foi uma força que lhes serviu, ao serviço dos seus interesses e direitos", defendeu.
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